Cerca de 200 policiais militares invadiram o prédio da Assembleia Legisltativa do Paraná (Alep), em Curitiba, desde a meia-noite.
Segundo a Rádio Banda B, os oficiais foram convocados por volta das 23h30 desta terça-feira (1º). Na ALEP, a PM prendeu seis agentes da polícia legislativa que trabalhavam no prédio no momento da prisão. A polícia legislativa é responsável pela segurança da Casa.
A ordem teria partido do governador Beto Richa, a pedido do presidente da Assembleia, Valdir Rossoni, que tomou posse ontem. Ambos são do PSDB.
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Em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná, da RPC, o presidente da Alep disse que a ocupação se deu em razão da necessidade da troca da segurança da Assembleia. Ele também disse que os seguranças, que ocupam cargos comissionados, não queriam ser demitidos e chegaram a invadir seu gabinete para pressioná-lo.
Ainda segundo Rossoni, a segurança da Alep será feita por policiais militares sob a responsabilidade de um coronel da PM.
O presidente da Assembleia também disse ter estranhado o fato de os seguranças estarem no prédio durante a madrugada justamente no andar de arquivo de documentos.
Valdir Rossoni declarou ainda que a partir das 8 horas o trabalho será retomado e os policiais devem desocupar o prédio.
Várias viaturas fecharam os acessos ao prédio no Centro Cívico. Ninguém entra ou sai. Alguns deputados chegaram a ir até a ALEP durante a madrugada e foram impedidos de entrar pelos policiais militares.
Em entrevista à Rádio Banda B, nesta madrugada, o presidente do Sindicato dos servidores legislativos estaduais (Sindilegis), Edenilson Carlos Ferrei, protestou contra as prisões e fez acusações contra Rossoni.
Ferrei afirmou que tem em mãos um dossiê contra o novo presidente e que vai entregá-lo à justiça nas próximas horas.
Ontem Rossoni anunciou que faria uma auditora na Assembleia.
No ano passado, a Alep foi alvo de investigação envolvendo a contratação de funcionários fantasmas.