A Assembléia Legislativa aprovou no começo da noite desta segunda-feira (24) a participação do Governo do Paraná, através da Copel, nos leilões de concessões de três rodovias federais que cortam o Paraná. "Aprovamos uma lei que defende a economia do Paraná. Certamente, se o Estado participar desses três leilões, o preço do pedágio será bem baixo", disse o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do Governo na Assembléia Legislativa.
Os trechos das três rodovias que serão licitadas no próximo dia 9 de outubro, são estratégicos para a economia paranaense. "Nós sabemos o quanto essas rodovias são vitais para a nossa economia poder escoar os bens produzidos principalmente para o estado de São Paulo. Será um ato de defesa se o Paraná conseguir o controle dessas rodovias", destacou Romanelli.
Lotes - A Copel tem interesse em disputar os lotes 2 (BR-116, de Curitiba até a divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com extensão de 412,7 quilômetros), 6 (BR-116, de Curitiba até São Paulo, com extensão de 401,6 quilômetros) e 7 (BR-116, BR-376 e BR-101, de Curitiba até Florianópolis, com extensão de 382,3 quilômetros).
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Romanelli esclareceu ainda que não será a Copel S/A nem o Estado, mas sim a Copel Participações e a Copel Empreendimentos que poderão prestar os serviços previstos nos editais de licitações do governo federal.
Tarifas reduzidas - Os investimentos a serem feitos ao longo dos 25 anos de duração da concessão vão chegar a R$ 4,5 bilhões. Como esses empreendimentos integram o Plano de Aceleração do Crescimento, a Copel irá negociar junto ao BNDES financiamento correspondente a 60% do valor, repartindo o restante com seus sócios. Em termos de recursos próprios, caso vença o leilão dos três lotes, a Copel deverá investir R$ 1,08 bilhão no prazo de 25 anos.
"Os investimentos totais serão de R$ 9 bilhões e as receitas serão de R$ 19 bilhões mesmo reduzindo as tarifas máximas previstas, que variam entre R$ 2,68 e R$ 4,18 para carro de passeios. E o Paraná no dia 9 de outubro vai participar do leilão descendo inclusive essa menor tarifa prevista", destaca Romanelli.
O que está em jogo, segundo o deputado, é interesse público e da economia paranaense. "Eu respeito as posições divergentes pelo conjunto de preocupações, mas temos que reconhecer: teremos a chance de reduzir a tarifa do pedágio se participarmos do leilão", completou.