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De saída do DEM

Prefeito de São Paulo deve criar novo partido

Agência Estado
11 fev 2011 às 19:12

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Embora esteja sendo cortejado por PSB e PMDB, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), contratou dois escritórios de advocacia especializados em legislação eleitoral para cuidarem da criação de um novo partido.

Segundo interlocutores, Kassab pensa em denominá-lo Partido Democrático Brasileiro (PDB). Nesta semana, o prefeito deu ordem para que os advogados procurem uma sede para o partido em Brasília e elaborem o manifesto e o programa partidário a serem submetidos aos "fundadores" da nova legenda. "O estatuto está basicamente pronto", diz o advogado Admar Gonzaga, que dividirá o trabalho encomendado por Kassab com o colega Alberto Rollo.

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Ideologicamente de centro, o novo partido é a alternativa mais "viável" encontrada pelo prefeito para deixar o DEM e levar consigo seus aliados próximos. Kassab quer garantias jurídicas de que seus aliados não correrão o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. "A preocupação dele é preservar os companheiros", afirma Gonzaga.

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Kassab deve ficar no DEM até 15 de março, dia da convenção nacional do partido. Após essa data, os advogados terão 90 dias para concluir o processo jurídico de criação da legenda. "Aguardamos apenas a definição do prefeito para deflagrarmos o processo", afirma Admar. Para criar um partido que tenha abrangência nacional, o prefeito precisará de um total de assinaturas equivalente a pelo menos 0,5% do total de votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados (sem os votos brancos e nulos), distribuídos por ao menos um terço dos Estados.

Os advogados de Kassab não descartam o anúncio da sua desfiliação do DEM durante a convenção. "Pode ser o encontro de despedida dele do DEM", diz Rollo. Ciente da movimentação de Kassab, a cúpula do DEM se reunirá em São Paulo para tratar da possível "debandada" do partido. Na próxima segunda-feira, o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), candidato à presidência do partido, almoçará com os ex-senadores Marco Maciel (PE) e Jorge Bornhausen (SC). O DEM aceita abrir espaço na cúpula do partido para aliados do prefeito, caso ele decida manter sua filiação.


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