A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público ajuizou nesta terça-feira uma ação civil pública pelo desvio de R$ 13 mil da Prefeitura de Tamarana (62 km ao sul de Londrina).
''O cheque da prefeitura foi utilizado para pagamento de uma dívida pessoal do prefeito Paulo Nakaoka (PMDB)'', relatou a promotora Solange Vicentin.
Nakaoka disse que somente irá falar sobre a ação após a notificação oficial.
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A ação foi gerada por uma denúncia feita à promotoria em maio de 2002, pelo comerciante Wagner Nascimento, proprietário da Farmácia Tamarana.
Segundo o depoimento de Nascimento, em julho de 2001, ele teria sido procurado pelo vice-prefeito, Plínio de Araújo Júnior (PTB), que teria proposto um acordo para o pagamento da dívida da prefeitura de cerca de R$ 101 mil.
A dívida seria recalculada em R$ 51 mil, mas parte desse valor R$ 13 mil teria de ser ''devolvido''.
De acordo com o comerciante, no início de abril, Araújo teria voltado a procurá-lo para acertar a devolução.
O comerciante disse que recebeu e endossou o cheque de R$ 13 mil, que teria voltado para as mãos de Araújo.
O cheque teria sido endossado em favor de Cláudio Rodrigues Sales, para o pagamento de uma dívida de campanha feita por Nakaoka em outubro de 2000.
Araújo, Nascimento e a Farmácia Tamarana foram citados na ação.
''Foi invertido o caso de réus. O réu é o prefeito que ficou com o dinheiro. Eu intermediei para que o Wagner devolvesse os R$ 13 mil para a prefeitura'', afirmou Araújo. Nascimento não quis falar sobre a ação.