O Ministério Público Federal formalizou denuncia conta o prefeito de Arapongas, Beto Pugliese (PMDB), e seu tio, deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB), pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa e falso testemunho. Além deles, outras dez pessoas são acusadas dos mesmos fatos.
Segundo a denúncia, em 1996, Adelino de Deus, Gilmar Aparecido Figueira da Silva, Roselene de Fátima Cruz e Venceslau Adolfo de Melo Júnior prestaram declarações falsas afirmando terem testemunhado conversas entre prefeito e vice de Arapongas à época a juíza eleitoral Oneide Negrão de Freitas. Nos diálogos, anteriores ao pleito, a juíza e José Aparecido Bisca e Sérgio Bonato Kümmel estariam organizando esquema para fraudar a apuração de votos. O objetivo dos testemunhos era a instauração de processo perante a Justiça Eleitoral pedindo recontagem do resultado. Naquele ano, Bisca foi eleito com 21.342 votos, contra 21.112 de Beto Pugliese.
Conforme o MPF, o esquema de falsos testemunhos foi tramado e posto em prática pelo atual prefeito e pelo deputado Waldyr Pugliesi em conjunto com o comerciante Pedro Alberto Pugliese, com a ex-deputada estadual Irondi Mantovani Pugliesi, com o segurança Celso Curty de Carvalho e com os advogados Oduwaldo de Souza Calixto, Mozarte de Quadros e Edson Vieira Abdala. O grupo teria oferecido bens e garantia de emprego a Adelino, Gilmar, Roselene e Venceslau.
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Posteriormente, as quatro testemunhas retrataram-se das acusações contra Bisca, Kümmel e Oneide, confirmando que haviam prestado declarações falsas (com assessoria do MPF).