O valor de propina pago a agentes públicos no caso da compra dos uniformes escolares pela prefeitura de Londrina pode chegar a R$ 600 mil. Segundo informações da Paiquerê AM, o valor foi apontado pelo contador das empresas envolvidas no esquema Pedro Bressiani, em depoimento prestado ao Gaeco em 3 de setembro. O contador é um dos 14 indiciados pelo delegado Alan Flore por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção.
Pedro Bressiani, que chegou a ficar preso por seis dias, mas foi liberado por colaborar com as investigações, relata em seu depoimento que R$ 600 mil seriam destinados como propina a agentes públicos. O dinheiro, segundo ele, foi depositado por Marcos Ramos, sócio proprietário da empresa G8, contratada pela prefeitura, na conta da empresa Iridium, de Apucarana, que seria de Wilson Yoshida, apesar de estar no nome de Claudiane Mandelle.
A entrega da propina seria feita por José Lemes dos Santos, gerente financeiro da Criswill, outra empresa de Yoshida. Segundo Bressiani, José Lemes não teria dito para quem o dinheiro foi entregue. Porém, na última sexta-feira, quando os dois ficaram detidos na mesma cela, Lemes revelou que a propina foi paga ao prefeito José Joaquim Ribeiro, à ex-secretária Karin Sabec e ao ex-secretário Marco Cito. José Lemes também confirmou os nomes em depoimento ao Gaeco na mesma data.
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Em entrevista à Paiquerê AM, a promotora Leila Voltarelli disse que os valores ainda estão sendo investigados, mas que o montante pode ser muito maior que os R$ 150 mil admitidos por Ribeiro, já que depois do rompimento dele com Barbosa Neto, outros pagamentos teriam sido feitos pelos empresários, desse vez à Marco Cito. Em seus depoimentos, os empresários já admitiram pagamento de cerca de R$ 270 mil em propina. (Com informações da Paiquerê AM)