O primeiro protesto contra os escândalos na área da saúde de Londrina ocorreu de forma tímida na tarde desta sexta-feira (17). Cerca de 15 pessoas interromperam o trânsito na avenida Duque de Caxias, em frente à prefeitura, pedindo para que motoristas buzinassem.
O protesto "S.O.S Londrina - Cidade Limpa, Prefeitura Suja" surgiu no Facebook e mais de 534 pessoas haviam confirmado presença, apoiando a manifestação. No entanto, o resultado prático ficou longe do esperado. Para o professor Alisson Marques, o grupo conseguiu passar a mensagem. "Lutamos pela melhoria da saúde, livre de terceirizações e privatizações Corrupção tem relação com isso", disse. Ele é membro do Fórum Popular de Saúde, formado depois de escândalos no setor, que resultaram em ações civil e criminal. Entre os réus aparecem o prefeito Barbosa Neto (PDT). "A gente quer que sejam punidos todos os envolvidos com corrupção na área da saúde, seja o prefeito ou outra pessoa", afirmou.
Entre o grupo, muitos eram estudantes que usavam nariz de palhaço e cartazes. "Esse desvio atrapalha o bom funcionamento da coisa pública. Político tem que ter vergonha porque enquanto isso, pessoas esperam nas filas e sofrem com falta de médicos", reclamou Bruno Marques.
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A guarda municipal acompanhou o protesto de longe. Agentes da CMTU também ficaram no local até o grupo sair.
No sábado (18), integrantes de várias entidades promovem a partir da 9h30 uma manifestação no Calçadão, na região central de Londrina. O ato público é em defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade, livre da terceirização e da privatização, pela ética e moralidade na administração pública.
O evento "Basta! Londrina Sangra" conta com a participação de vários sindicatos, associações de bairro e também com o Centro de Direitos Humanos de Londrina (CDH).
Mais uma vez, a população sai às ruas para manifestar seu repúdio à corrução e o desvio de recursos públicos, que estão sendo investigados pelo Ministério Público e Câmara de Londrina.
O protesto deve se concentrar na frente da loja Riachuelo na rua Professor João Cândido até as 12h. Uma carta aberta será distribuída à comunidade londrinense.