Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Protesto marca entrega de projeto contra venda da Copel

Redação - Folha do Paraná
11 jun 2001 às 19:34

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Com o dobro de assinaturas necessárias, o Fórum Popular Contra a Venda da Copel entregou, nesta segunda-feira, ao presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB), o primeiro projeto de iniciativa popular, proibindo a venda da estatal de energia. Foram coletadas, em um mês, 120,9 mil assinaturas em 241 dos 399 municípios do Estado. O mínimo exigido é 1% do eleitorado estadual (cerca de 65 mil).

O Palácio Iguaçu planeja levar a empresa a leilão em outubro ou novembro deste ano, sob a alegação de que os recursos servirão para estancar o déficit previdenciário de R$ 100 milhões mensais. O projeto foi entregue em ato simbólico pelas lideranças do fórum, senadores, deputados e vereadores da oposição ao final de uma marcha que reuniu cerca de 15 mil pessoas segundo o Fórum. A Polícia Militar, que acompanhou a marcha, deu vários números que foram desde 15 mil pessoas a 2,5 mil manifestantes.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O movimento partiu da praça Santos Andrade, centro de Curitiba, por volta das 13h45, e chegou às 14h30 no Centro Cívico, sede dos três poderes no Paraná. Foi montado um palanque em frente ao Palácio e à Assembléia, onde Brandão recebeu o projeto. Foi feita chamada nominal dos deputados que são contra a venda.

Leia mais:

Imagem de destaque
Polêmica

Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia

Imagem de destaque
Estratégia inovadora

Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos

Imagem de destaque
LOA 2025

Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná

Imagem de destaque
Ligação da PR-445 à BR-369

Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030


A oposição conta com 24 votos, incluindo o do deputado Edson Praczyk (PL), que reassume a vaga. Seu suplente, Antonio Carlos Barater (PL), é a favor da privatização. O líder do governo na Assembléia, Durval Amaral (PFL), sustenta que conta com 31 votos. São necessários 28 votos para aprovar o projeto. Agora, a batalha da oposição é conseguir o mais rápido possível os quatro votos que faltam. O presidente tem "voto de minerva". Só vota se for necessário desempate. Brandão prefere não divulgar sua posição, mas defende que a geração permaneça nas mãos do Estado.

Publicidade


As 120,9 mil assinaturas foram levadas ao Centro Cívico dentro de sete carrinhos de supermercado, empurrados pelos senadores e deputados. O senador Roberto Requião (PMDB), candidato à sucessão estadual em 2002, conduziu um dos carrinhos. O senador Osmar Dias (PSDB) -que não assume candidatura mas tem apoio nos bastidores - levou outro. No palanque, o senador Alvaro Dias (PSDB), pré-candidato ao governo, esperava a comitiva. Os senadores criticaram a intenção do governo de vender a empresa e comemoraram a adesão da população à marcha.


Requião lembrou que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado vota nesta quarta-feira o projeto do senador Roberto Freire (PPS) que proíbe a privatização de empresas do setor de geração e transmissão no País. O projeto foi aprovado por unanimidade na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, se aprovado, pode colocar um freio na desestatização do setor elétrico nacional.

Publicidade


Brandão disse que vai ler o projeto na sessão desta terça-feira. A matéria será encaminhada ao Departamento Legislativo e na quarta-feira deve estar na CCJ. Precisa passar também pela Comissão de Finanças. Para atrasar a tramitação do projeto, os governistas deverão fazer diversos pedidos de vistas. Brandão acredita que a matéria só será votada depois do recesso, que termina em agosto.


O líder do governo, Durval Amaral (PFL), acredita que o tempo "conta a favor do governo". Ele disse que, se o projeto for votado em setembro, por exemplo, o governador vai vetá-lo e não haverá tempo para derrubada do veto, que acontece em votação secreta.


O projeto popular revoga a Lei 12.355/98, que autoriza o Estado a vender a Copel. O texto prevê que o Paraná deterá 51% das ações ordinárias da Copel e das empresas vinculadas. O coordenador executivo do Fórum, Nelton Friedrich, confia que ainda é possível reverter o processo de privatização.

"Temos que evitar essa negociata de final de governo", disparou Requião. A bancada estadual de oposição afirma que o governo quer vender a Copel para cobrir rombos no caixa. Osmar Dias disse que o governo poderia buscar apoio no Senado para renegociar suas dívidas.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo