A bancada do PSB na Câmara pode atrapalhar os planos do governo Temer de aumentar o placar de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para o crescimento dos gastos na segunda votação da matéria no plenário da Casa, marcada para a próxima terça-feira.
No partido, a previsão é de que 12 deputados votem contra a PEC na segunda votação - dois a mais do que no primeiro turno, quando 10 dos 32 parlamentares do PSB se posicionaram contrários à proposta. Além disso, outros dois deputados que tinham votado a favor da PEC devem faltar.
Os deputados Rafael Motta (PSB-RN) e Paulo Foletto (PSB-ES), líder do partido na Câmara, não deverão comparecer à votação em segundo turno da PEC do teto. O primeiro estará em viagem internacional, enquanto o segundo fará uma cirurgia na própria terça-feira.
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No Palácio do Planalto, a ordem é trabalhar para aumentar o placar da aprovação da PEC na segunda votação, para passar um sinal de força do governo ao mercado. No primeiro turno, a proposta foi aprovada por 366 votos a 111. No segundo turno, o governo quer aprovar a matéria com um placar próximo de 400 deputados.
Para garantir o apoio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai promover um jantar para parlamentares da base aliada na noite de segunda-feira. Com o jantar um dia antes da votação, o governo também garante a presença dos deputados em Brasília na terça-feira. A mesma estratégia foi usada pelo presidente Michel Temer na votação anterior.