O Partido Social Cristão (PSC) pode, num futuro bem próximo, se transformar em uma séria dor de cabeça ao grupo do governador Jaime Lerner (PFL). O presidente estadual do PSC e pré-candidato ao governo do Estado, Giovani Gionédis - ex-secretário de Fazenda de Lerner -, não só tece críticas ao governo, principalmente em relação à falta de um ajuste fiscal e ao inchaço da máquina administrativa, como também está em busca de nomes de densidade para fortalecer a sua mais nova sigla. E um dos nomes considerados atraentes pelo partido é o do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). Cassio faz parte do grupo do governador, mas está buscando dissociar sua imagem política dos aliados de Lerner.
Oficialmente, Cassio não pretende sair do PFL. Ele prometeu concluir o mandato como prefeito e não se afastar para disputar o governo do Estado. No entanto, a presença de Cassio na convenção do PSC, realizada neste sábado, agradou à executiva do partido de Gionédis. A assessoria do prefeito informou que a visita não pode ser interpretada como um sinal de mudança partidária. A assessoria afirmou que Cassio compareceu por que o PSC faz parte da coligação que o reelegeu prefeito da Capital.
No entanto, colaboradores próximos avaliam, em conversas reservadas, que o PSC seria uma alternativa interessante para o prefeito ganhar fôlego no seu processo de distanciamento do governador.
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Apesar do afastamento, a cúpula do Palácio Iguaçu ainda aposta que Cassio é um nome viável como sucessor de Lerner. O governador está em busca de um sucessor e não tem muitos nomes à disposição. Os partidos da oposição já têm esboçados os nomes que disputarão as eleições de 2002.
Fontes próximas ao governo acreditam que Cassio precisa permanecer em um partido grande, para ter condições de viabilizar seus projetos - que incluem a implantação de um sistema de metrô em Curitiba. Outro nome que o PSC considera interessante e quer trazer para os quadros do partido é o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB). Brandão tem chances ocupar provisoriamente a chefia do Executivo, no caso de afastamento de Lerner e da vice-governadora, Emília Belinati (PTB). Brandão não esconde a intenção de chegar ao comando do Palácio Iguaçu, independente do apoio do governador.
Além de Gionédis, outro aliado do governador que assinou ficha no partido é David Campos, ex-secretário de Comunicação de Lerner. Hoje, ele é responsável pelo setor de Comunicação da Assembléia e faz parte da executiva do PSC.