O presidente do diretório nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), admitiu nesta quinta-feira (17) que o partido deve lançar o senador tucano Aécio Neves (MG) como candidato para a disputa presidencial de 2014. O pernambucano afirmou que a escolha será feita por meio de prévias "mesmo que tenha só um candidato", mas adiantou que não há "nenhuma força no PSDB hoje que faça oposição ao Aécio dentro do partido".
Em discurso para empresários mineiros em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, Guerra, sem se referir diretamente ao senador, declarou que "renovar o partido é fundamental" e que Aécio "tem uma visão contemporânea, democrática, (que) agrega e pode apresentar uma nova proposta para o país".
Guerra ressaltou ainda que, nas próximas campanhas, o partido não vai cometer o "maior dos erros" das últimas disputas, de não adotar a posição de "assumir com clareza o governo de Fernando Henrique Cardoso e nosso legado", pois permitiu que as conquistas da legenda no Executivo fossem "apropriadas em grande parte pelo partido que nos sucedeu". "A ideia foi jogar para baixo do tapete uma acidental, ocasional e conjuntural rejeição que tinha o governo Fernando Henrique e assumir uma postura de alguma forma nos desligar do governo que fizemos", disse.
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Na quarta-feira (16), o ex-presidente do PSDB mineiro, deputado federal licenciado Narcio Rodrigues, afirmou que a participação de José Serra na disputa pela prefeitura paulistana favorece a candidatura de Aécio em 2014 e que, agora, é a vez de os tucanos de São Paulo apoiarem um nome do PSDB de Minas, "que sempre apoiou" as candidaturas paulistas. Guerra rebateu as declarações, disse que os candidatos foram escolhidos sempre com base em pesquisas de opinião, mas admitiu que, em 2014, Aécio "é um pré-candidato com enorme chance de ser confirmado".