Em reunião da Executiva Nacional do PSDB, integrantes da cúpula do partido definiram o próximo dia 14 de junho a data do lançamento oficial da campanha presidencial do presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG). O evento será realizado em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, e governado há quase 20 anos pelos tucanos. "É uma decisão consensual do partido também uma homenagem ao governador Alckmin e obviamente a importância de São Paulo para essa construção política", disse Aécio Neves, após o encontro, realizado em Brasília.
Na reunião, o vice-presidente da legenda, Bruno Araújo (PE), entregou um manifesto de apoio dos dirigentes estaduais do partido à campanha de Aécio. Sobre quem deverá compor a chapa como vice, Aécio Neves disse que ainda não há uma definição. "Tem mais um assunto ai pela frente. A data é o tempo da convenção." Questionado se a indicação seria de uma mulher, o tucano se afirmou: "Não farei campanha centrada na questão de gênero. O que é preciso são propostas para as mulheres."
Segundo Aécio, os outros partidos que deverão compor a chapa, como o DEM e o Solidariedade, não impuseram nenhum nome. "Eles têm colocado que a decisão deve ser a melhor para a chapa."
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Estados.Aécio também falou sobre a situação das disputas em alguns Estados e anunciou que o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati será candidato ao Senado. "Temos conversas avançadas com Roberto Pessoa, do PR. Isso já me dá tranquilidade enorme nos principais colégios eleitorais do Nordeste e do País, onde sempre tivemos uma situação muito difícil. ", afirmou Aécio.
O tucano não descartou, entretanto, aproximação com integrantes de partido que hoje compõe o governo federal. "Mas qualquer início de conversa passa pela disposição de dar apoio à chapa presidencial do PSDB." O recado foi dirigido de forma indireta ao líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), que sem apoio do governo federal na campanha ao governo local pode abrir palanque para Aécio no Estado. Questionado onde estaria como aliado com o PSB, que deverá lançar Eduardo Campos na disputa presidencial, o tucano respondeu: "No coração".