O PSDB trocou os membros titulares que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para garantir os votos contrários do partido na sabatina do candidato ao Supremo Tribunal Federa (STF), Luiz Edson Fachin, marcada para esta terça-feira, 12.
A decisão foi tomada após os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), titulares da comissão, serem criticados por decidirem se ausentar da votação para viajar a Nova York e participar de uma homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os dois serão substituídos por Aloysio Nunes (SP) e Cássio Cunha Lima (PB).
"Por meio de seus titulares na CCJ, o partido fará os devidos questionamentos e buscará esclarecimentos para as denúncias que vêm sendo publicadas (contra Fahcin), como sempre o fez", diz a nota distribuída pelo partido.
Leia mais:
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia
Plano de precatórios garante economia milionária para Londrina
Não há uma regra que proíba os partidos de mudarem os senadores que integram as diversas comissões da Casa, mas existe a figura do suplente justamente para atuar quando os titulares estiverem ausentes. Como o primeiro suplente do bloco formado por PSDB e DEM é o senador tucano Álvaro Dias (PR), que tem defendido a aprovação do nome de Fachin, o PSDB decidiu fazer a mudança para que o partido não desse nenhum voto a favor do jurista.
Indicado pela presidente Dilma Rousseff, o nome de Fachin vem sendo questionado por parlamentares. Para a oposição, pesa contra o advogado e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) o fato de ele ter declarado apoio à candidatura de Dilma em 2010. Após passar pela sabatina da CCJ, o nome do indicado ainda terá de ser submetido à votação secreta no plenário, o que deve ocorrer somente na próxima semana.