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PSDB vai à Justiça contra expulsão de Alvaro e Osmar

Redação - Folha do Paraná
14 jun 2001 às 18:22

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A executiva estadual do PSDB decidiu que pode entrar na Justiça contra a expulsão dos senadores paranaenses Alvaro e Osmar Dias do partido. Os irmãos Dias passaram mais de três horas reunidos com a executiva, em Curitiba, onde reafirmaram que não vão retirar as assinaturas do requerimento de criação da CPI da Corrupção e que permanecem no partido até o último momento.

Osmar e Alvaro disseram que vão participar da reunião da executiva nacional, marcada para terça-feira. O objetivo da CPI é investigar o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Há três dias, o partido fechou questão contra a comissão parlamentar de inquérito.

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A reunião do diretório estadual aconteceu depois que o presidente nacional da sigla, deputado José Anibal (SP), deu ultimato aos senadores paranaenses, na última terça-feira. Anibal fixou prazo de uma semana para os irmãos Dias retirarem as assinaturas ou saírem voluntariamente do PSDB. Caso contrário, serão expulsos. A cúpula nacional decidirá na mesma reunião se promove uma intervenção no diretório estadual, caso os paranaenses não retirem as assinaturas.

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Alvaro - presidente estadual da legenda - disse que, pela legislação partidária, cabe recurso. "Não quero sair do PSDB. Tenho direitos assegurados pelo estatuto", declarou. Alvaro lembrou que deixou o PMDB por questões éticas. "Postura ética é fundamental para ter credibilidade na política", emendou. "Estão confundindo o partido com o governo", reclamou.

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Mesmo afirmando que permanece no partido até a cúpula nacional formalizar uma decisão, Osmar já sinaliza saída. Disse que não tem paciência para ficar em um partido onde não é respeitado. Afirmou que se sentiria confortável no PMDB (seu antigo partido e do qual já tem convite). Osmar também tem convites de outros partidos da oposição.


Outros tucanos podem deixar o partido, na esteira dos irmãos Dias. O deputado estadual José Maria Ferreira, único tucano na oposição na Assembléia Legislativa, considerou a expulsão e a intervenção "arbitrárias e sem precedentes."

Para o deputado, ao assinar o requerimento da CPI, os senadores apenas cumpriram as diretrizes de ética e moralidade pregadas pelo PSDB. "Além da questão da legalidade dessa expulsão, existe o problema de constituição da executiva", lembrou. O deputado refere-se à lista de votação que elegeu Anibal, no dia 19 de maio. O secretário-geral do partido no Paraná, Haroldo Ferreira, disse que vai entrar na Justiça para anular a eleição, porque a lista teria sido fraudada.


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