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Contexto político

PT e PSDB inverteram seus papéis

Agência Estado
28 jul 2011 às 14:21

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O discurso de lideranças do PT contra a realização de consultas primárias para a disputa municipal de 2012 representa uma mudança na postura histórica da sigla, que se assemelha, pouco a pouco, a legendas como o PMDB e o DEM, cujas candidaturas costumam ser definidas pelas cúpulas partidárias. A avaliação é de analistas políticos consultados pela Agência Estado, que veem na mudança de atitude uma posição das lideranças petistas de tomar cada vez mais decisões por meio de acordos, sem ouvir as bases da legenda.

Se os petistas dão mostras de que irão evitar as prévias, os tucanos fazem o caminho inverso. As lideranças do PSDB têm defendido nos últimos tempos a consulta primária, pouco presente, segundo os analistas, na sua trajetória política. "O PSDB percebeu que estava se tornando um partido de muito cacique para pouco índio", explica o professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Romano.

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A possibilidade de recorrer às prévias para a escolha do candidato tucano para a Prefeitura de São Paulo é discutida pelo comando municipal do PSDB, que prepara para os próximos meses um cronograma para a realização de uma eventual prévia. A proposta tem o aval do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que já disse ser favorável à iniciativa.

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Na contramão do PSDB, o PT enfrenta atualmente um impasse em torno do debate sobre a realização de prévias para a Prefeitura de São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora negue oficialmente, tem capitaneado nos bastidores um movimento contrário à consulta primária, encontrando resistência em algumas alas petistas.


''Federações oligárquicas''. "Na verdade, quando o PT se imaginava um partido socialista e democrático, ele primava por consultar as bases", destaca o professor Roberto Romano. O analista político explica, contudo, que a partir do momento em que o partido conquistou os governos estaduais e federal, iniciou um movimento de mudança, mimetizando aspectos de outras siglas, chamadas por ele de "federações oligárquicas". "É hoje natural que eles recusem as primárias e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva julgue-se no direito de indicar quem vai ser candidato aqui, ali e acolá", afirma. "E se o PT continuar nessa marcha, pouco a pouco vai ter o destino de outros partidos, isso é, vai ter muito general para pouco exército."

O cientista político Marco Antonio Carvalho Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), concorda com a análise de que o discurso contra as prévias destoa da tradição histórica do PT. O analista político observa que, ao carregar essa bandeira, a legenda deixa para trás, cada vez mais, "a história de um partido diferente na cultura política brasileira". "É normal que os outros partidos não tenham a cultura de prévias, mas no PT não, isso está na sua própria origem", avalia.


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