Ainda no domingo (8), o Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná lançou um número de WhatsApp para o envio de denúncias sobre possíveis envolvidos direta ou indiretamente nos atos de extrema direita ocorridos em Brasília – e classificados como “terroristas” e “golpistas” em declaração conjunta dos chefes dos Três Poderes da República dada na segunda-feira (9).
Pouco menos de 48 horas depois da divulgação do canal, a sigla recebeu 2.100 relatos até ao meio-dia desta terça-feira (10), conforme o presidente do PT no Paraná, deputado estadual Arilson Chiorato.
Segundo ele, as informações são “as mais diversas” e têm como base registros de conversas através de aplicativos de mensagens, publicações em redes sociais e vídeos.
Leia mais:
Eleição de 2024 tem suspeita de fraude por transferência em massa de eleitores entre cidades
Câmara de Londrina marca nova audiência para debater o Código Ambiental
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
De acordo com Chiorato, as denúncias também abrangem paranaenses que teriam ajudado a bancar as despesas de quem se deslocou até a capital federal.
Os dados, conforme o petista, têm sido "planilhados" para que, “entre quinta e sexta-feira” desta semana, sejam enviados “às autoridades cabíveis” – entre elas, o Ministério Público e a Polícia Federal (PF).
“É importante lembrar que tem muita gente envolvida que nem tem ideia do que aconteceu lá, mas tem muita gente que foi ciente do que fez. O que a gente precisa agora é estancar a criminosa minoria do bolsonarismo radical. Também não podemos colocar que todos que votaram no Bolsonaro estão batendo palmas para isso. Muito pelo contrário: a maioria deles está contra o que ocorreu no domingo”, comentou o presidente estadual do PT.
JUSTIÇA JÁ RECEBEU 30 MIL DENÚNCIAS
Já em âmbito nacional, o Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu somente na segunda-feira (9) cerca de 30 mil denúncias de possíveis participantes e financiadores dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes.
Os relatos foram enviados ao e-mail [email protected], criado no domingo pela pasta comandada por Flávio Dino. As informações estão sendo analisadas pelo órgão.
Segundo o ministro, já foram identificados financiadores oriundos de dez estados, mas Dino não detalhou quantos seriam, em quais estados e a quais grupos seriam ligados.