O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota à imprensa nesta sexta-feira (4) sobre o episódio envolvendo a vereadora reeleita Ana Maria Branco de Holleben, que, segundo a Polícia Civil, forjou o próprio sequestro para não participar da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
Na nota, o partido comunica que acompanha a situação da parlamentar com "surpresa e perplexidade". O PT informa que está preocupado não só com Ana Maria, mas também com Idalecio Valverde da Silva e Susicleia Rocha Valverde da Silva, acusados de participar do auto-sequestro. Os três são filiados do Partido dos Trabalhadores. "As denúncias oferecidas até o momento são de extrema gravidade e agridem profundamente os ideais democráticos historicamente defendidos pelo PT", garante a legenda no documento.
O partido informa ainda que já pediu para que a Comissão de Ética e Disciplina abra um procedimento para investigar o caso. "Os filiados serão ouvidos com a máxima urgência, dando a eles a oportunidade de apresentar sua defesa. Conjuntamente serão analisados com rigor os fatos levantados pelo inquérito policial, os desdobramentos jurídicos e as notícias veiculadas pela mídia, aplicando-se o que prevê o Estatuto do Partido."
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O PT também lembra que o fato quase influenciou na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Ponta Grossa. O vereador Aliel Machado (PC do B), apoiado pelo partido, correu o risco de perder a eleição e só assumiu a presidência do Legislativo por que foi o mais votado no pleito de outubro.
O partido "pede a compreensão da sociedade e de sua militância até que sejam esclarecidos na sua totalidade os fatos que, embora escapem totalmente ao controle e orientação do partido, maculam profundamente a nossa imagem. "Tais fatos, se confirmados, terão uma resposta condizente com a sua gravidade", conclui a legenda na nota.