O governador Roberto Requião participou neste domingo (12), em Curitiba, da reinauguração da sede do diretório estadual do PMDB e definiu seu apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, na disputa que escolherá no dia 19 (domingo) o candidato do partido à Presidência da República. "O Rigotto é um dos quadros mais sérios que o PMDB tem no Brasil, absolutamente incorruptível, corajoso e capaz de levar a bandeira do PMDB – o único partido que questiona o atual modelo econômico e quer debater a contradição entre o Brasil-mercado e o Brasil-nação", disse Requião no encontro que teve a presença de Rigotto e do senador Pedro Simon (PMDB-RS).
Requião lembrou que começou junto com Rigotto sua participação política no PMDB na década de 70. "O Germano Rigotto é um amigo antigo. Eu, o Germano, o Caíto (Quintana, secretário-chefe da Casa Civil), o Pessuti (Orlando, vice-governador e secretário da Agricultura), começamos a politica praticamente juntos. Ele lá no Rio Grande do Sul e nós no Paraná. Na época em que o Pedro Simon era o comandante do PMDB ideológico, o PMDB verdadeiro, o velho MDB de Guerra no Brasil".
O governador do Paraná defende que o PMDB levante na disputa presidencial suas bandeiras históricas e revele as contradições na condução da política econômica no país. "É a grande contradição que o país vive hoje. A contradição entre a visão de mercado e a visão de nação. Desde Fernando Collor, a visão do mercado se prevalece com seu único e exclusivo desejo de lucro, mobilizando quantias fantásticas com a velocidade da internet nas bolsas do mundo e tendo só este compromisso: o lucro. Nós defendemos a visão nacional, a visão de um país que tem história, a história passada, do sangue derramado na conquista, na manutenção do seu território, a história presente, a história futura a construir".
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Rigotto agradeceu o apoio de Requião e concordou com a defesa que os peemedebistas paranaenses fazem na condução da política econômica. "As altas taxas de juros e a valorização artificial do Real são fatores que impedem o desenvolvimento econômico. Dólar baixo, juros reais descabidos e carga tributária excessiva é uma combinação que conspira contra o Brasil", disse Rigotto que participará ainda na noite deste domingo, do Programa Nação Brasil, a partir das 21h, na TV Paraná Educativa.
O governador gaúcho defende a reforma tributária e o pacto federativo – entre o governo federal, os estados e os municípios. Para ele, o Brasil tem uma das cargas tributárias mais vorazes do mundo que sacrifica as empresas, inibe a geração de empregos e o crescimento econômico. "O Brasil precisa de um sistema tributário moderno, mais simples, com menos impostos, taxas e contribuições. Não podemos tratar governadores e prefeitos como pedintes. A reforma tributária permitirá uma melhor redistribuição de recursos federais".
Rigotto diz que o Brasil já superou a cultura inflacionária e que o risco-país está num dos níveis mais baixos, sendo possível baixar os juros, diminuir os gastos com a dívida e readequear o câmbio. "É preciso investir mais, liberar a economia para que ela volte a crescer. Não é admissível que o Brasil, ano após ano, cresça abaixo da média mundial e, em 2005, só tenha crescido mais do que o Haiti entre os países da América Latina e do Caribe".