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Requião não quer mais aliança com PDT de Alvaro Dias

Maria Duarte - Folha do Paraná
25 set 2001 às 21:10

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O presidente do PMDB no Paraná, senador Roberto Requião, anunciou que está descartada aliança com o PDT nas eleições do próximo ano. O estopim da crise entre os dois partidos foi a filiação dos ex-tucanos Alvaro e Osmar Dias no PDT. Requião esteve reunido à noite com a bancada estadual, em Curitiba, mas parte dos deputados não concorda com a posição do senador.

"Os senadores Alvaro e Osmar Dias escolheram seu caminho. O Leonel Brizola (presidente nacional da sigla) já lançou um ao governo (Alvaro) e outro à reeleição para o Senado (Osmar). Ou seja, eles já têm chapa majoritária", disse Requião. O senador é candidato declarado ao governo estadual, mas poderia concorrer à reeleição.

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O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, Nereu Moura, disse que a possibilidade de aliança com o PDT "não está descartada em hipótese alguma". De acordo com Moura, os peemedebistas vão trabalhar nos próximos meses para fortalecer a legenda. "Trataremos de coligação no ano que vem, e o PDT é uma das siglas que interessam", declarou.

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O deputado peemedebista Caíto Quintana disse que a união com o PDT está dispensada apenas momentaneamente, porque ambos os partidos têm candidatos ao governo e ao Senado. "No próximo ano discutiremos alianças. Agora não adianta alimentar falsas ilusões", explicou.

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Requião havia convidado os irmãos Dias para entrar no PMDB. Com Alvaro praticamente não houve conversa, porque ele também quer disputar o Palácio Iguaçu.


Requião disse que os esforços do PMDB serão dirigidos de agora em diante para a costura de uma aliança com o PT. O PMDB pode coligar ainda com PPS ou outros partidos menores. "O PDT não é inimigo, mas é adversário", resumiu o senador. O rompimento compromete a aliança das oposições para enfrentar o grupo do governador Jaime Lerner (PFL) em 2002.


Na reunião com a bancada, os peemedebistas estabeleceram um roteiro de conversações com outros partidos, para a formação de uma frente de oposição. Por enquanto, o PMDB exige que o candidato ao governo seja Requião. As candidaturas a vice e as duas vagas para o Senado estão em aberto. Em 2002, o PMDB quer, no mínimo, dobrar as representações na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal.

Apesar da postura de Requião, o presidente estadual do PDT, Nelton Friedrich, não descarta aliança com o PMDB. "Vamos lutar até o fim pela união dos partidos de oposição em torno de um projeto e de um nome. O modelo atual de governo está corrompido e tem que ser barrado", declarou. Friedrich afirmou que o PMDB não será visto como inimigo. "Convido novamente o senador para a união das oposições", emendou.


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