Os contratos firmados pelo governo Jaime Lerner (PFL) com seis agências de publicidade e propaganda só terminam em maio do ano que vem, segundo informações fornecidas nesta sexta-feira pelo Palácio Iguaçu. Só que o time montado pelo governador eleito Roberto Requião (PMDB) para coordenar a transição já fala em abrir novas licitações para a contratação desses serviços por parte do poder público.
O vice eleito e porta-voz da equipe, Orlando Pessuti (PMDB), já pediu ao Palácio Iguaçu a relação dessas licitações. A área de propaganda não é prioridade no processo de transição, mas a expectativa do PMDB é que boa parte dos contratos firmados por Lerner, em diversas áreas, seja rescindida.
''Sabemos que alguns serviços não podem ser suspensos, como o fornecimento de alimentação aos presos ou a entrega de medicamentos de uso contínuo. Mas, no caso da propaganda, devemos fazer novas licitações'', disse.
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Atualmente, seis agências prestam serviços ao Estado, segundo a assessoria de imprensa no Palácio Iguaçu: Fischer America Heads, Opus Multipla, Get!, Loducca, Propeg e Master. Cada uma atende àreas específicas, e os trabalhos são encomendados pela Secretaria da Comunicação. A Get! atende a segurança pública; a Master, educação, ciência e tecnologia. A Loducca faz trabalhos para o setor de transportes e administração, enquanto a Propeg fica com a parte de agricultura e abastecimento. A Heads atua na área de desenvolvimento urbano e cultura. Já a Opus produz peças nas áreas de saúde e indústria e comércio.
Os contratos venceram em maio deste ano, mas foram prorrogados até maio de 2003, segundo o Palácio Iguaçu. Como as licitações estão com os dias contados, fonte da Folha revela que pelo menos uma das agências já teria feito algumas demissões para se adequar à nova realidade. Procuradas pela reportagem ontem, três das seis empresas -Get!, Loducca e Propeg- informaram que não havia ninguém disponível para falar sobre a possível rescisão dos contratos.
O governo Jaime Lerner (PFL) destacou-se pelos elevados gastos com publicidade, atitude duramente criticada pela oposição. Recente decisão judicial determinou ao governador a apresentação dos gastos com propaganda de 1995 a 1998 -período de seu primeiro mandato.