Alegando estresse e cansaço, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) não compareceu nesta quarta-feira (15) à Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara dos Deputados, criada para investigar denúncias sobre o pagamento de mesada pelo PT a parlamentares do PP e do PL. O depoimento estava marcado para as 11 horas. Segundo o relator da comissão, Robson Tuma (PFL-SP), a nova data do depoimento ainda não foi marcada. A sessão seria fechada.
Na tarde desta terça-feira (14) Jefferson concedeu ao Conselho de Ética da Câmara um depoimento contundente e rico em detalhes, mas não em provas sobre o "mensalão" de R$ 30 mil mensais pagos pelo governo a deputados do PP e do PL em troca de apoio no Congresso.
Segundo o deputado, as campanhas de todos os partidos são financiadas da mesma maneira: com dinheiro de empresas privadas que têm contratos com empresas públicas. Ele recomendou que o Ministro da Casa Civil, José Dirceu renuncie, sob pena de arrastar consigo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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E insistiu ter falado sobre a mesada dada aos deputados com seis ministros, incluindo o da Fazenda, Antonio Palocci, que nega ter tido conhecimento do assunto. Só depois de ele falar com Lula, no início deste ano, o ''mensalão'' teria sido cortado.
O mais grave foi a denúncia de que o dinheiro usado para o aliciamento de parlamentares e partidos é público e chega aos destinatários por meio de empresas e agências de publicidade que mantêm contratos com o governo. Ele afirmou que o dinheiro para a campanha do PTB foi trazido pelo publicitário Marcos Valério, da agência mineira DNA, em malas com cédulas de R$ 50 e R$ 100 ''etiquetadas pelo Banco Rural e pelo Banco do Brasil''.
Fonte: ABr e Folha de Londrina