Ao chegar na manhã desta terça-feira (27) ao Congresso, o presidente do Senado, José Sarney, reiterou sua posição contrária ao ingresso da Venezuela no Mercosul. Ele foi indagado sobre o assunto porque na próxima quinta-feira (29) a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) delibera sobre protocolo prevendo a adesão venezuelana ao bloco econômico.
Sarney pensa como o relator da matéria, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), cujo parecer é contrário à entrada da Venezuela, em razão da fragilidade por ele identificada na democracia daquele país.
Preocupação semelhante foi apresentada pelo presidente Sarney.
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"Minha opinião é a mesma de sempre. Eu acho que a cláusula democrática que nós temos no Mercosul é definitiva e o Brasil tem compromisso com ela. E o atual governo da Venezuela tem tomado providências que são pelo desmoronamento da democracia e contra os princípios democráticos".
Fundação
Na mesma entrevista, Sarney voltou a dizer que a Fundação José Sarney, situada no Convento da Mercês, em São Luís (MA), deve ser fechada, em razão de não dispor mais de recursos financeiros para sustentar-se.
"Minha opinião é que deve ser fechada, uma vez que estamos em uma situação de força maior, que é a falta de recursos para a manutenção. Mas isso depende ainda de reunião do conselho curador da fundação".
Enxugamento da Casa
Sobre a reforma administrativa do Senado, projeto por ele encomendado à Fundação Getúlio Vargas, em março deste ano, Sarney disse que levará, na quinta-feira, à Comissão Diretora da Casa, o relatório preliminar elaborado sobre o assunto. O propósito do presidente do Senado, com essa reforma, é reduzir em 40% o quadro de funcionários da instituição.