O Secretário de Gestão Pública de Londrina, Marco Cito, admitiu nesta quarta-feira (23) que guardas municipais teriam trabalhado infiltrados em pelo menos uma secretaria municipal, cujo nome não foi revelado. O fato teria ocorrido quando Benjamin Zanlorenci era secretário de Defesa Social.
Segundo ele, a suposta espionagem está sendo investigada pela Controladoria do Município. "Foi feita uma tentativa de se colocar uma pessoa sem uniforme na secretária, mas isso logo foi descoberto e não trouxe maiores consequências. Isso não é serviço de inteligência, não é o que a lei previa", disse Marco Cito. Ele não soube dizer qual o objetivo da "espionagem".
O vereador Joel Garcia apresentou um projeto para extinguir o serviço de inteligência previsto na lei que criou a Guarda justamente porque teriam ocorrido esses casos de "espionagem". O projeto foi retirado de pauta até que a Comissão Especial de Inquérito que investiga supostas irregularidades na contratação do curso de formação dos agentes.
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Os vereadores membros da CEI disseram que guardas municipais confirmaram que houve o "suposto trabalho infiltrado", porém, a comissão deverá apresentar um relatório à parte destas denúncias, já que este não era o foco principal.
Depoimento
Marco Cito foi convocado para prestar depoimento à CEI nesta sexta-feira, às 16 horas. Ele disse que comparecerá. O secretário preferiu não comentar as declarações do ex-secretário Zanlorenci, que afirmou que "se houve irregularidades na contratação do curso de formação, elas foram responsabilidade da Secretaria de Gestão Pública".
Zanlorenci foi exonerado por Barbosa Neto após as primeiras denúncias envolvendo o curso de formação dos guardas municipais.
Na manhã desta quinta-feira (24), dois diretores da empresa que ministrou o curso, a Delmondes e Dias, do Mato Grosso do Sul, serão ouvidos pela CEI.