O secretário municipal de Saúde de Corbélia (Oeste do Paraná), Francisco Celiomar, preso pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na terça-feira (24), foi exonerado do cargo público que ocupava. A demissão do secretário foi confirmada pelo prefeito de Corbélia, Ivanor Bernardi, em nota enviada à imprensa nesta quarta (25).
Segundo as investigações do Ministério Público (MP), Celiomar é suspeito de comandar uma quadrilha responsável por fraudar licitações e desviar dinheiro público na área da saúde em municípios do oeste paranaense.
Na nota, o prefeito de Corbélia afirma ter sido "surpreendido com a possibilidade de envolvimento do secretário em ações ilícitas". Ele também destaca que "apoia, incondicionalmente, todas as investigações e atos da Justiça que visem preservar a integridade da Coisa Pública, especialmente esta do Gaeco, que apura irregularidades em licitações de medicamentos".
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Bernardi disse ainda estar à disposição da Justiça para esclarecimentos e garantiu que "os serviços de Saúde não serão atingidos, e o atendimento de urgência e emergência continua sendo feito, ininterruptamente, no Pronto Atendimento Municipal que fica ao lado da prefeitura".
O prefeito também garante a distribuição de medicamentos na Farmácia Básica de Corbélia e não descarta mais mudanças na Secretaria de Saúde.
Investigação
Segundo as investigações da Operação Panaceia, deflagrada pelo Gaeco na terça, o grupo supostamente comandado pelo então secretário de Saúde teria esquematizado a contratação fraudulenta de empresas de Corbélia, Toledo e Cascavel para o fornecimento de medicamentos e refeições para a principal unidade de saúde do município. Com o esquema, em vigor desde 2013, Celiomar teria recebido R$ 250 mil em propina das empresas suspeitas.
A operação prendeu o então secretário e também cumpriu mandados de condução coercitiva de oito pessoas, responsáveis por cinco empresas, para depoimentos, nas cidades de Cascavel, Toledo e Corbélia. Também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão na prefeitura e em residências de empresários e servidores. (com informações do Ministério Público)