Por unanimidade, os sete membros da Mesa Diretora do Senado decidiram autorizar a abertura do terceiro processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Dessa vez para investigar denúncias do usineiro João Lyra, que acusa Renan de ter sido seu sócio na aquisição de emissoras de rádio no estado. Para isso o senador teria usado laranjas.
A reunião foi presidida pelo 2º vice-presidente da Casa, Álvaro Dias (PSDB-PR), já que Renan não participou, por ser um dos envolvidos no caso, e o 1º vice-presidente, Tião Viana (PT-AC), não estava na Casa. Álvaro Dias disse que o processo será encaminhado imediatamente ao Conselho.
Cabe agora ao presidente do Conselho, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), escolher um relator para o caso.
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Na manhã desta quinta-feira (16), o usineiro João Lyra divulgou uma carta aberta em que reafirma as acusações à Renan Calheiros. Ele afirma que foi recebido no gabinete de Renan diversas vezes e que o senador viajou várias vezes em seus aviões particulares "sem qualquer pagamento".
"Serviu-se Vossa Excelência da tribuna do Senado para, mais uma vez lançando mão de subterfúgios e ocultações, agir sem assumir responsabilidades pelos próprios atos, à exemplo da compra de veículos de comunicação efetuada em Alagoas", acusou.
Na segunda-feira (13), Renan se defendeu, em plenário, das acusações de João Lyra. Negou que tivesse qualquer tipo de sociedade com ele e, sem citar nomes, o acusou de homicídio. A declaração também foi rebatida pelo usineiro na carta.
"Enquanto fui-lhe útil, enquanto minha estrutura financeira estava a servi-lo, nunca fui acusado por Vossa Excelência de cometer crimes. Ao contrário, de sua parte era alvo de sorrisos fáceis e bajulações".
Agência Brasil