Em meio às discussões sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos e da divulgação na internet dos gastos do governo com esses cartões, o Senado começará a divulgar na sua página eletrônica os gastos dos senadores com a verba indenizatória.
A idéia é que em três semanas os dados já estejam disponíveis ao público. Na próxima segunda-feira (11), funcionários de gabinetes começarão treinamento para a inclusão dos dados no sistema.
O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, não quis comentar se a divulgação dos dados daria mais credibilidade aos senadores para investigar os gastos do governo com os cartões. "Essa é uma decisão política e eu não sou político", disse. Ele explicou que a divulgação dos dados será nos moldes já usados pela Câmara dos Deputados: a divulgação dos números e não das notas fiscais apresentadas.
Leia mais:
Câmara de Londrina marca nova audiência para debater o Código Ambiental
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
"Os procedimentos e sistemáticas são idênticos aos da Câmara. Os senadores primeiro apresentam a nota para depois serem ressarcidos do valor", disse Agaciel.
A verba indenizatória de R$ 15 mil foi criada para que o deputado ou senador possa arcar com as despesas ligadas à atividade parlamentar, como transporte e aluguel de escritório no estado. O novo sistema não será retroativo e irá divulgar os gastos dos senadores apenas a partir de fevereiro.
O corregedor-geral da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), disse que dependendo dos dados divulgados e se a Mesa Diretora do Senado decidir, poderá até investigar senadores que fizerem mau uso da verba. "Se houver suspeitas, a Mesa vai decidir se encaminha ou não para a corregedoria", afirmou.