O plenário do Senado vota nesta terça-feira a proposta de emenda constitucional que torna o voto facultativo. As lideranças do PT, PFL e PMDB são contra o fim da obrigatoriedade do voto, mas decidiram liberar as bancadas.
Para o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), o voto facultativo restringe a representação popular no Parlamento, "elitizando o processo eleitoral". Ele considera que, noutro país, com outro nível educacional, pode-se estabelecer o voto facultativo.
Já o senador Jefferson Peres (PDT-AM) defende a proposta de emenda constitucional sobre o fim do voto obrigatório. "Acho que só vota por obrigação quem tem medo de pagar multa. São pessoas que não têm conceito de cidadania", afirmou o senador amazonense.
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Para Jefferson Peres, a obrigatoriedade incentiva a compra e venda de votos. Ele não acredita que a emenda constitucional seja aprovado pelo plenário, devido às resistências de grandes partidos.
O senador Marco Maciel (PFL-PE), por sua vez, entende que o voto obrigatório tem sua "função educativa para o cidadão comum e também para o político".
Neste sentido, ele deve fazer um discurso da tribuna em defesa da manutenção da obrigatoriedade do voto. A proposta de emenda constitucional é de autoria dos ex-senadores Carlos Patrocínio e Sérgio Machado.