O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga irrregularidades nos Correios (CPMI dos Correios), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), pediu nesta quinta-feira (03) ao delegado da Polícia Federal André Luiz Epifânio que rastreie as linhas telefônicas fixas e móveis dele.
Além de Serraglio, outros deputados envolvidos nas investigações do escândalo do Mensalão suspeitam que os telefones estejam grampeados. Entre eles estão o presidente do Conselho de Ética da Câmara, o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e a senadora petista Ideli Salvatti (SC).
Segundo o deputado, as ligações que faz estão sendo interrompidas enquanto ele fala e, quando liga para alguém, escuta outras pessoas falando.
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Serraglio afirmou que, se for confirmado que os telefones estão grampeados, vai processar os responsáveis pela interceptação. Ele disse que fez o pedido ao delegado por telefone, mas que enviará ofício para formalizar a solicitação.
Estatal repassou recursos a Marcos Valério
Osmar Serraglio declarou hoje que as investigações da CPMI dos Correios mostram que uma empresa estatal, cujo nome não foi revelado, repassou recursos para as contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza com a finalidade de fazer caixa para o PT. No total, foram dois repasses: o primeiro de R$ 35 milhões e o segundo de R$ 23,3 milhões.
Pelo suposto esquema, a estatal pagava Valério por serviços de publicidade "em valores injustificáveis", de acordo com o relator. O dinheiro era investido pelo empresário no Banco Rural e no BMG (Banco de Minas Gerais). Esse dinheiro, posteriormente, foi destinado ao PT por meio dos empréstimos anunciados pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e pelo próprio Valério.
Informações da ABr e Folha Online