O presidente da Câmara Municipal de Londrina, Rony Alves, criticou nesta terça-feira (3) a decisão da Justiça que determinou o pagamento dos salários dos servidores do Legislativo com acréscimos obtidos por meio de apresentação de certificados. O pedido foi feito pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv).
Segundo informações do blog Londrina na Latinha, durante o desabafo sobre o escândalo que ficou conhecido como a "Farra dos Diplomas", Alves revelou que a investigação aponta casos de servidores que foram promovidos com cursos sem qualquer tipo de relação com as funções legislativas. Além disso, o presidente apurou que pedidos de promoção não foram aprovados com a apresentação de certificados de "preparação de coquetéis" e "mesário da Justiça Eleitoral".
"É isso mesmo que eles querem que esse presidente assuma que está correto nesta Casa. Pelo contrário, alguns servidores irresponsáveis e presidentes que foram omissos deveriam responder nas rédeas da lei. Aprovaram uma lei, que eu questiono se não é uma farra inclusive para elevação de salários", criticou. "Alguns servidores fraudaram o erário", acrescentou.
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De acordo com o presidente, quase a metade dos salários dos servidores da Casa estão próximos ao teto do prefeito. "Hoje, temos servidores ainda em estágio probatório, que se for levado em consideração o que juiz está arbitrando que se faça, chegarão ao máximo permitido até 2020", desabafou.
"Nós vamos suspender por ordem judicial, mas que seja responsabilizado quem está me ordenando a tomar esta decisão", afirmou Alves, que adiantou que a Câmara vai recorrer. Ele lembrou que o sindicato não pediu a documentação levantada durante a investigação antes de entrar com o pedido de liminar.
A decisão foi proferida na segunda-feira (2) pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina, Emil Tomás Gonçalves.