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Pela porta dos fundos

Suplente irá a Justiça para conseguir vaga de vereador

Loriane Comeli - Redação Bonde
14 set 2009 às 20:53

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- Folha de Londrina/Arquivo
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O ex-vereador Jamil Janene (PMDB) disse que, se necessário, irá à Justiça para conseguir um cadeira na Câmara Municipal de Londrina. Ele quer uma das seis vagas que poderão ser abertas em Londrina, razão da chamada PEC (proposta de emenda à Constituição) dos vereadores, que passará por segunda votação e prevê mais 7 mil vagas para parlamentares municipais em todo o Brasil.

Jamil entende que, por se tratar de uma emenda à Constituição, a norma teria efeito imediato. O próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ayres Brito, disse que eventual aumento de vereadores só valeria para a próxima legislatura, em 2012. Demonstrando-se um entendido em assunto judiciais, Jamil disse: "Não tem essa conversar de presidente do TSE: a norma vale imediatamente", defendeu em entrevista à Rádio Paiquerê AM. "Se a PEC for aprovada, os presidentes das Câmaras terão que convocar os suplente porque a posse é automática. Se não fizerem isso, vão responder por improbidade administrativa".

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Segundo o ex-vereador, caso de Londrina, se ele – Jamil – não for convocado, irá impetrar mandado de segurança para conseguir a vaga. "Se eu for convocado, a cidade só ganhará com isso".

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O peemedebista já tentou outra vez voltar à Câmara pela porta dos fundos desde sua derrota nas eleições de 2008: acusou o colega de partido, Tito Valle, de compra de votos, tentando cassar diplomação, mas não conseguiu.

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Janene foi um dos 12 vereadores da legislatura passada acusado de participação no esquema de cobrança de propina de empresários para aprovação de projetos. Ele chegou a ser afastado do cargo. Dois ex-vereadores perderam o mandato em decorrência do maior escândalo de corrupção já registrado na Câmara de Londrina: Orlando Bonilha e Henrique Barros.


Lista


Também estão no rol de suplentes que poderiam ser beneficiados pela PEC Sidney de Souza, Zaquel Berbel, Ezer Mariano, Antenor Ribeiro e Vera Rubbo.

Ao Bonde, Berbel disse que não teria vontade de entrar pela porta dos fundos da Câmara. "Eu acho meio ridículo forçar a barra dessa maneira", afirmou. "Não faria isso". O ex-candidato, no entanto, disse que se a Câmara entender que a vaga é sua imediatamente, ele assumiria o cargo. "Sendo uma lei que me favorece, vou aceitar. Eu também acho que a vigência da PEC é imediata".


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