O gestor da Centronic, Vilson Grasse, iria ser ouvido na tarde desta terça-feira (19) pela Comissão Especial de Inquérito (CEI), que apura irregularidades nos contratos firmados entre a empresa de vigilância e o município.
Mas, segundo presidente da CEI, vereador Roberto Kanashiro (PSDB), a testemunha não compareceu à reunião e, ainda por cima, não justificou a ausência. "Já desconfiávamos de que isso iria acontecer. Como ele não apareceu, demos continuidade na análise de alguns documentos", disse o tucano.
Segundo denúncia, vigilantes da empresa teriam trabalhado na rádio Brasil Sul, de propriedade do prefeito Barbosa Neto, mas recebido dinheiro público, através do contrato que a empresa tinha com o município.
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De acordo com o parlamentar, seria importante ouvir o gestor da empresa, já que ele era o responsável pelo contrato com o município em Curitiba. "Ele mantinha contato com os representantes da empresa em Londrina. A documentação recebida por Paulo Iora (ex-gerente operacional da Centronic) teve a aprovação de Vilson Grasse", destacou.
Kanashiro lembrou também que, agora, a comissão entra em recesso e só retoma os trabalhos no próximo mês. "Por isso que não marcamos mais depoimentos. Vamos tirar duas semanas de férias e voltar com a análise só após o recesso parlamentar, na primeira semana de agosto."
O vereador disse ainda que a CEI descartou a hipótese de contratar uma empresa de consultoria para ajudar nos trabalhos. "Deixamos esta possibilidade de lado depois que fomos informados que a Câmara vai passar a contar com dois novos contadores a partir do próximo mês. Eles vão poder auxiliar na análise dos documentos, já temos o aval da Controladoria", ressaltou Kanashiro.