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Dois dias antes

TSE suspende eleição em município paranaense

Redação Bonde
29 abr 2011 às 18:45

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- Reprodução
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio, deferiu liminar para suspender a eleição do novo prefeito de Kaloré (55 km ao sul de Apucarana), marcada para este domingo (1º). A liminar concedida pelo ministro vigora até o julgamento do mérito do mandado de segurança apresentado pelo diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) contra a resolução do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que fixou eleição direta, ou seja, por meio dos votos dos eleitores, para a escolha do prefeito de Kaloré.

Afirma o PT que, ao convocar eleição direta para eleger o novo prefeito, a Corte Regional contrariou o artigo 81 da Constituição Federal e o artigo 45 da Lei Orgânica de Kaloré, entre outros argumentos.

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Destaca o diretório do PT ser obrigatória a eleição indireta, com a escolha do novo prefeito pela Câmara de Vereadores, sempre que o pleito for realizado no segundo biênio do mandato, independentemente da causa de vacância dos cargos de chefia do Executivo municipal. No caso, segundo o partido, para a definição da modalidade de eleição prepondera o tempo restante para a conclusão do mandato, devendo ser indireta a eleição quando esse período for inferior a dois anos.

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Em sua decisão, o ministro Marco Aurélio ressalta que, quando o artigo 81, parágrafo 1º, da Constituição Federal, alude à eleição indireta, "alcança situação na qual a escolha dos novos representantes se faça quando já em curso o segundo período do mandato".

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"Tendo em vista que o espaço de tempo de ação dos novos mandatários é inferior a dois anos, a máquina eleitoral não deve ser acionada, optando-se pela feitura das eleições indiretas", diz o ministro.


Afirma ainda o ministro que o parágrafo 1º do artigo 45 da Lei Orgânica de Kaloré prevê que a eleição para os cargos de prefeito e vice-prefeito do município, caso haja vacância dos mesmos nos últimos dois anos de mandato, será feita trinta dias após aberta a última vaga, pela Câmara de Vereadores.

"Determinante é o tempo remanescente para o exercício da nova chefia do Executivo. Se inferior a dois anos, a hipótese é de eleições indiretas e não de acionamento da máquina eleitoral", afirma o ministro.


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