O deputado Algaci Túlio (PTB), ex-líder do partido na Assembléia Legislativa, criticou a atitude da bancada, que o retirou da liderança por meio de abaixo-assinado. Os outros oito parlamentares petebistas assinaram uma lista indicando Carlos Simões como novo líder, o que na prática destituiu Túlio. Desde esta terça-feira, Simões começou a responder pela liderança do partido na Casa.
Túlio disse que foi um ato de traição. "Lamento profundamente a forma vingativa, grotesca e traiçoeira como isso foi feito", reclamou. Túlio afirmou que a decisão foi tomada "pelas costas", porque não foi chamado para nenhuma reunião. "Ninguém me chamou para conversar, para falar qualquer coisa sobre meu comportamento como líder".
Túlio pediu, no plenário, que os petebistas fizessem uso do microfone para explicar a razão de sua "cassação". Ninguém se pronunciou. Túlio lamentou o fato de não ter outra alternativa a não ser acatar a decisão da maioria.
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Túlio, que assumiu a liderança no início de março, acredita que foi vítima de uma articulação do Palácio Iguaçu. O deputado tem assumido uma postura de oposição. Condena a privatização da Copel e vota contra o governo. Para ele, foi uma represália ao seu posicionamento. O chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, e o líder do governo, Durval Amaral (PFL), negaram que o governo tenha trabalhado para derrubar Túlio.
Simões afirmou que o PTB é da base de sustentação ao governo, mas que não pretende repreender Túlio, nem retirá-lo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A bancada petebista tem reunião na próxima semana.