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Twitter apaga, pela 1ª vez, postagens feitas pelo presidente

Camila Mattoso - Folhapress
30 mar 2020 às 08:27
- Antonio Cruz - Agência Brasil
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Pela primeira vez, o Twitter apagou, na noite deste domingo (29), postagens feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.

A empresa considerou que dois tuítes violavam as regras de uso da rede.

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Os posts eram de vídeos do tour que o presidente fez neste domingo no Distrito Federal, contrariando seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou que as pessoas ficassem em casa como medida de enfrentamento ao coronavírus.

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Nas filmagens, Bolsonaro cita o uso de cloroquina para o tratamento da doença e fala sobre o isolamento social.

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Em um dos posts, em Taguatinga, ele conversa com trabalhadores informais, escuta críticas à quarentena, concorda com a cabeça, e diz que o medicamento está dando certo.


No outro, em Sobradinho, o presidente entra em um açougue, fala com funcionários, projeta o desemprego que o isolamento social pode causar e, de novo, cita o remédio.

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Foi a primeira vez que o Twitter apagou postagens do presidente do Brasil. Antes dele, apenas tuítes do ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, tinham sido apagados, considerando chefes de Estado.


Na semana passada, como mostrou o Painel, a empresa apagou tuítes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que utilizavam fora de contexto um vídeo antigo do médico Drauzio Varella sobre a crise do coronavírus.

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Procurado, o Twitter enviou seu posicionamento por meio de uma nota.


"O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19. O detalhamento da ampliação da nossa abordagem está disponível em nosso blog", afirmou.

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A hidroxicloroquina entrou no debate da pandemia de coronavírus desde que o presidente americano Donald Trump levantou a possibilidade de o remédio ser eficaz para a Covid-19, no dia 19 de março. A fala provocou corrida às farmácias, deixou pacientes sem o medicamento e levou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a proibir a exportação e a venda sem receita no Brasil.


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem lidado com o assunto com cautela. "Continuamos com indícios [de eficácia contra o novo coronavírus]. Foram poucos pacientes, não sabemos se o medicamento foi decisivo ou não."

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Ele também pediu para as pessoas não usarem o medicamento. "Esse medicamento tem efeitos colaterais intensos e não devem ficar na casa para serem tomados sem orientação médica. Vão fazer uma série de lesões [se automedicando]. Leiam a bula, não é uma Dipirona."


Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde anunciou que vai começar a distribuir 3,4 milhões de unidades de cloroquina e hidroxicloroquina aos estados para uso em pacientes com quadro grave pelo novo coronavírus em um protocolo experimental.

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Nesta quinta (26), o governo federal zerou as tarifas de importação da cloroquina e da hidroxicloroquina, originalmente usados por pacientes com malária, lúpus e artrite.


Em relação aos tuítes com vídeo antigo de Drauzio Varella, a gravação havia sido feita em janeiro e tecia comentários sobre aquele momento da crise, quando ainda não existiam casos de contaminação de coronavírus no Brasil.


No vídeo de janeiro, o médico dizia que estava levando a vida normalmente e que não havia motivo para pânico.

No entanto, Flávio Bolsonaro e Salles compartilharam o vídeo nos últimos dias, sem contexto, levando seus seguidores a acreditarem que Varella estava comentando a situação atual da crise no país.


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