O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 11, que pretende votar os destaques ao texto principal da reforma da Previdência ainda hoje e que o segundo turno da votação deverá acontecer na sexta-feira (12).
"Sou otimista, vamos encerrar esse assunto nesta semana", afirmou. O deputado afirmou também não temer a falta de quórum para votar os destaques nesta quinta. Nas emendas supressivas são necessários 308 votos para manter o texto conforme aprovado na véspera. "Teremos 500 deputados na Casa, podem ficar tranquilos", disse.
O presidente da Câmara confirmou que esteve reunido pela manhã com líderes partidários para, de acordo com ele, "conhecer melhor o mérito de cada destaque". "Terminamos de organizar para chegarmos ao resultado esperado pelo Plenário", disse. Para Maia, dificilmente o texto será desidratado. "Para mim, todos que votaram a favor da reforma tendem a defender o texto. Pode ter mudança em um ou outro ponto, mas não acredito que os deputados irão desidratar o texto aprovado", avaliou.
Leia mais:
Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia
Um sucesso, diz médico de Lula sobre procedimento na cabeça para evitar novos sangramentos
Alep adiciona oito mil sugestões populares ao orçamento do Paraná
Previsto no Lote 4, Contorno Leste deve ficar para depois de 2030
Ainda assim, Maia admitiu que o destaque que suaviza a regra de transição para professoras é "um tema muito difícil". Ponderou, no entanto, que outra emenda aglutinativa destacada para votação nesta quinta recuperaria a perda de potência fiscal que pode ocorrer caso o destaque da categoria passe.
Questionado sobre se a reforma era do Congresso ou do Executivo, Maia minimizou a disputa. "O corpo principal da reforma veio do governo, mas o Congresso fez suas melhorias". Ele considerou que a reforma continua mais dura do que a proposta pelo ex-presidente Michel Temer, sobretudo na regra de transição dos servidores, embora as regras aprovadas na quinta-feira sejam mais brandas do que a proposta original do ministro da Economia, Paulo Guedes. "A transição construída no Congresso ainda é muito dura. Pesquisas mostram que servidores continuam insatisfeitos com essas regras", afirmou.