A Sétima Promotoria de Justiça de Cascavel denunciou, nesta quinta-feira (28), o vereador Airton Camargo e uma assessora parlamentar da Câmara de Cascavel, que seria funcionária "fantasma".
Segundo a investigação do Ministério Público, a assessora nunca teria prestado serviços à Câmara de Vereadores e somente comparecia ao prédio da Casa Legislativa para receber os pagamentos. A Promotoria verificou os pagamentos feitos pela Câmara e apurou a emissão de sete cheques, correspondentes aos meses de maio a outubro e adiantamento de décimo terceiro salário de 2011, num total de R$ R$ 17.871,58.
O MP rastreou diversos cheques. Um deles, relativo a maio de 2011, no valor de R$ 2.728,55, teria sido depositado na conta de uma empresa administrada pelo vereador. Já os cheques relativos aos meses de julho, agosto, setembro e outubro de 2011, cada um no valor de R$ 2.812,84, teriam sido usados pelo vereador para pagar dívidas particulares em postos de combustíveis. Um outro cheque, relativo a adiantamento de décimo terceiro salário, no valor de R$ 1.078,83, teria sido utilizado pelo vereador para pagar o conserto mecânico de um veículo.
Leia mais:
Entenda como funciona a fraude de transferência em massa de títulos de eleitor entre cidades
Lei de IA é aprovada no Senado com previsão de remuneração de direitos autorais
Ministério Público recomenda alterações no Parcelamento do Solo em Londrina
Ademar Traiano antecipa votação e é eleito presidente da CCJ da Alep
O Ministério Público denunciou o vereador e a assessora pelo crime de peculato, por sete vezes (cada desvio equivale a um crime), e reiterou o pedido de suspensão da função pública (afastamento imediato) do parlamentar.