O vereador Rodrigo Gouvêa (PRP), preso na tarde desta terça-feira (13) sob a acusação de peculato, teve uma noite tranquila no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina e nenhuma regalia, foi o que afirmou agora pela manhã ao Bonde o diretor da unidade, major Raul Leão Vidal. Gouvêa, que tem curso superior, está em uma cela sozinho.
"Ele tem os mesmos direitos e deveres dos outros presos e, inclusive, está uniformizado e recebe a mesma alimentação dos outros presos. Não tem nenhum regalia em razão de seu cargo", disse o major. Segundo ele, Gouvêa ainda não recebeu visitas, mas terá direito a conversar com um parente de primeiro grau, como o pai ou a mãe. "É uma única visita num prazo de 20 dias, na qual dirá a esta pessoa de que precisa – como remédios ou advogado", disse o diretor do CDR.
"Não há qualquer diferença de tratamento em relação aos outros presos", enfatizou. "Ficamos tristes por ter um representante do povo preso, mas cumprimos todas as formalidades, tratando os presos igualmente", disse Vidal, que já "hospedou" nas celas do CDR os ex-vereadores Orlando Bonilha e Henrique Barros, ambos acusados de envolvimento em esquema de cobrança de propina na Câmara Municipal de Londrina.
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Recurso
O escritório que defende o vereador disse que pedirá relaxamento da prisão ainda na manhã desta quarta-feira (14). Gouvêa foi preso com mandado da juíza da 4ª Vara Criminal, Carla Pedalino. Ela acatou pedido do Ministério Público, que denunciou o vereador por supostamente ter contratado "funcionária fantasma", que recebia dinheiro público mas não trabalhava.
A prisão de Gouvêa foi decretada por conveniência da instrução penal, uma vez que ele teria ameaçado e coagido testemunhas para que o crime não fosse descoberto e comprovado.