A vereadora reeleita Ana Maria Branco de Holleben (PT), acusada de forjar o próprio sequestro no dia de sua posse, teve a prisão preventiva revogada na tarde desta quarta-feira (9) pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa (Campos Gerais). Ela deixou o quartel do Corpo de Bombeiros, onde ficou presa sete dias, por volta das 16h30 de hoje. Na saída, a parlamentar recebeu o apoio de um grupo de donas de casa e eleitores. Eles levaram faixas com mensagens contra a hipótese do auto-sequestro.
O advogado de Ana Maria, Fernando Madureira, disse ao Bonde que sua cliente está "muito doente" e contou que ela vai se recuperar, a partir de agora, em uma clínica de reabilitação. "Ela deixou a prisão e foi direto para a unidade, onde deve ficar por pelo menos 30 dias se recuperando de uma depressão grave", disse.
Madureira destacou, ainda, que "em nenhum momento a vereadora disse à polícia que forjou o próprio sequestro". "A situação só foi confirmada por terceiros", completou. O advogado evitou passar detalhes sobre quais argumentos deve apresentar à Justiça para mostrar que Ana Maria é inocente. "Ela me pediu para manter o conteúdo da minha tese em sigilo. A parlamentar disse que vai se recuperar e esclarecer ela mesma os fatos à imprensa", argumentou.
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Entenda o caso
A vereadora Ana Maria de Holleben foi presa acusada de simular o próprio sequestro, com o objetivo de evitar participar da eleição da Mesa Executiva da Câmara Municipal de Ponta Grossa. Ela teria 'desaparecido' no dia 1º de janeiro e sido encontrada só na tarde do dia 2, quando foi autuada em flagrante por falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha.
Segundo a polícia, a vereador contou com a ajuda de pelo menos três pessoas para forjar o próprio sequestro: Idalécio Valverde da Silva (assessor e motorista dela), Adalto e Suzicleia Valverde (familiares de Idalécio) e Reginaldo da Silva Nascimento. Os três primeiros continuam detidos. O quatro, por sua vez, está foragido.