Os oito vereadores de Londrina que disputaram o pleito encerrado mês passado terminaram a campanha com as contas basicamente equilibradas. Sete deles registraram uso de recursos próprios. Sete buscavam uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná e um na Câmara Federal, mas ninguém foi eleito. A maioria gastou bem menos que os candidatos mais votados, mas, alguns chegaram a gastar mais que o deputado estadual reeleito Tercílio Turini (PPS), cuja campanha custou R$ 100 mil. Já Ratinho Júnior (PSC), o mais votado do Estado, gastou R$ 3,4 milhões; o segundo colocado, Alexandre Curi (PMDB), despendeu R$ 1,4 milhão; e o terceiro, Tiago Amaral (PSB), declarou gastos de R$ 721 mil.
Entre os vereadores de Londrina, apenas Lenir de Assis (PT), a que mais arrecadou e gastou entre os colegas, fechou com pequeno deficit de R$ 36. A arrecadação total foi de R$ 158,6 mil. A maior parte dos recursos – cerca de R$ 99,7 mil – vieram do diretório estadual do PT. Ela própria investiu R$ 12,2 mil em sua campanha. Também vieram recursos de empresas como a Ciplan Cimento Planalto (R$ 10 mil), a Sibrax Software (R$ 10 mil) e escritório de contabilidade Osvaldo Lima (R$ 3 mil). O comitê da candidata ao governo do Estado Gleisi Hoffmann (PT) doou R$ 2,1 mil; o de Ênio Verri e de Denílson Pestana, candidatos a deputado federal pelo PT, doaram R$ 2,8 mil e R$ 9,6 mil, respectivamente.
Gustavo Richa (PHS) teve o segundo maior gasto com a campanha: cerca de R$ 147,4 mil. A maior parte dos recursos veio da locadora de veículos Contrans (R$ 46 mil). O comitê investiu R$ 45 mil. Outra empresa doadora foi a Loteadora Tupy (R$ 10 mil). Richa desembolsou R$ 5 mil de recursos próprios. Outros cerca de R$ 48 mil vieram de nove pessoas físicas. O governador Beto Richa (PSDB) doou ao primo R$ 1,7 mil.
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Padre Roque (PR) arrecadou e gastou exatamente o mesmo valor: R$ 144,3 mil. A maior doação – de R$ 50 mil – veio da direção nacional do partido, mas, o doador original é a construtora Andrade Gutierrez, citada nas investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal. O vereador gastou R$ 35 mil de seus recursos pessoais com a campanha. Cerca de R$ 22 mil vieram de pessoas físicas. O comitê de Beto Richa participou com R$ 1,7 mil e o do deputado federal Giacobo (PR), com R$ 21,5 mil.
O presidente da Câmara, Rony Alves (PTB), gastou R$ 68,3 mil, sendo que quase um terço vieram do próprio vereador. Rony investiu R$ 21,2 mil. Recebeu R$ 10 mil do colégio Maxi, onde leciona; R$ 26,5 mil do comitê de Hiloshi Nishimori; R$ 600 do comitê de Beto Richa; e R$ 5,1 mil de Evandir Duarte de Aquino, cargo comissionado de Rony, cuja função é a Diretoria da Câmara de Londrina.
Emanoel Gomes (PRB) declarou gastos de R$ 67 mil. Disse ter recebido R$ 25,2 mil do comitê de Gleisi, R$ 20 mil do próprio comitê e R$ 6 mil de recursos próprios.
A prestação de contas de Gaúcho Tamarrado (PDT) revela arrecadação e gastos de R$ 38,2 mil, sendo R$ 21 mil da distribuidora de veículos Job, R$ 2,8 mil de Gleisi e contribuições de pessoas físicas.
Júnior dos Santos Rosa (PSC) foi o que menos gastou: R$ 12,5 mil, sendo a maior parte – R$ 8,1 mil – de recursos próprios. O comitê do deputado federal Edmar Arruda (PSC) repassou R$ 2,5 mil e o de Beto Richa, R$ 1,7 mil.
Federal
O vereador Mário Takahashi (PV), único que disputou a Câmara Federal, gastou R$ 261,6 mil. Obteve os recursos principalmente de seu próprio bolso: ele investiu R$ 169,8 mil, quase 65% do total gasto na campanha. Recebeu R$ 57,5 mil de pessoas físicas, R$ 10 mil da construtora Chronos e
R$ 25 mil do Hotel Sumatra, além de R$ 2,9 mil do comitê de Roberto Requião (PMDB), que tinha a deputada federal pelo PV Rosane Ferreira como vice na chapa.