A Justiça de Maringá condenou hoje (24/04) 18 dos 21 vereadores da gestão 1993/96 a devolver os valores recebidos ilegalmente como 13º salário durante dois anos - cerca de R$ 700 mil. O presidente da Câmara na época, Antônio Carlos Pupulin, deve ainda restituir gastos irregulares do Legislativo. O despacho do juiz da 3ª Vara Cível, Flávio Renato Correia de Almeida, prevê também a perda da função pública dos vereadores, suspensão dos direitos políticos por seis anos, multa igual ao valor a ser devolvido e proibição de contratar com o poder público.
Os ex-vereadores Almeri Pedro de Carvalho, Antônio Preto da Silva, Cesar Gualberto, Fernando Campos Barros Júnior, José Carlos Valêncio, Kunihiro Nita, Maildo Alves Medeiros (que assumiu a cadeira de Maia), Nereu Vidal César, Nilton Tuller, Oscar Batista de Oliveira, Umberto Crispim, Valdir Pignata, Victor Hoffmeister, e os vereadores Belino Bravin (PPB), Edith Dias de Carvalho (PSDB) e João Alves Corrêa (PMDB), terão que devolver cada um R$ 8,4 mil, referentes aos salários a mais que receberam em 1995 e 1996. Os ex-vereadores Chico Coutinho, Manoel Batista da Silva Júnior, Serafina Carrilho (PL) e Ricardo Maia (PSB), os dois últimos hoje deputados estaduais, foram retirados do processo porque devolveram os salários na época.
O ex-presidente Pupulin já havia devolvido o 13º pago em 1995. Mas foi condenado a devolver o 13º salário de 1996 (R$ 6,2 mil) e R$ 182.511,75 referentes a publicações de mensagens em jornais locais, compra de coroa de flores e de um presente para o ex-arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho. No total, o valor a ser restituído alcança aproximadamente R$ 700 mil, que deve ser atualizado pelo IPC e juros de 0,5% ao mês.
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* Leia mais em reportagem de Marcos Zanatta na edição da Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira