A Embrapa Soja irá promover nesta segunda-feira (26), das 13h30 às 18h, na sede da empresa, na zona norte de Londrina, o workshop Embrapa Soja 50 anos: histórico e perspectivas. O evento faz parte da comemoração dos 50 anos da instituição, completados no dia 16 de abril de 2025, e objetiva destacar a relevância da soja, a contribuição da Embrapa e de seus parceiros para a cultura da soja, assim como projetar o futuro da pesquisa e da sojicultora.
"Nossa ideia é resgatar parte da história da pesquisa e do desenvolvimento realizado na cadeia produtiva da soja, as principais contribuições da Embrapa Soja para o desenvolvimento da soja no Brasil, maior produtor mundial desse grão, assim como debater o futuro dessa oleaginosa e as oportunidades e os desafios", afirma o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.
O primeiro painel irá debater o desenvolvimento tecnológico e a inovação como base para manutenção da sustentabilidade produtiva de soja brasileira. O painel contará com participação de Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil, Carlos Ernesto Augustin, assessor do Ministro da Agricultura e Pecuária e presidente do Conselho de Administração da Embrapa, Romeu Kiihl, ex-pesquisador da Embrapa Soja e José Francisco Ferraz de Toledo, ex-chefe-geral da Embrapa Soja. A moderação do painel será feita por Alexandre Lima Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja.
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O outro painel irá debater o papel da Embrapa Soja na liderança brasileira na produção mundial de soja e contará com a participação de Décio Luiz Gazzoni, ex-chefe-geral da Embrapa Soja e ex-Diretor Embrapa; Antônio Márcio Buainain, professor livre docente da Unicamp e Rubens José Campo, ex-chefe-geral da Embrapa Soja. O painel contará com a moderação de Ricardo Manuel Arioli Silva, consultor da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). As inscrições podem ser feitas no https://embrapa-soja.rds.land/workshop-embrapa-soja-50-anos
Sede em Warta em fazendas experimentais
A Embrapa Soja é uma das 43 unidades de pesquisa da Embrapa. Fundada em 16 de abril de 1975, em Londrina, a Embrapa Soja defende e orienta sobre práticas de manejo responsável que vão desde a semeadura até a pós-colheita da soja. As tecnologias são colocadas a serviço da sustentabilidade dos sistemas de produção e atendem diferentes perfis e tamanhos de propriedades agrícolas, contribuindo para a rentabilidade do produtor, gerando assim benefícios para toda a sociedade.
A Embrapa Soja também estimula o desenvolvimento do trigo no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul e teve uma contribuição importante para o estabelecimento da cultura de girassol no Brasil.
Sua sede, no Distrito de Warta, dispõe de 22.390 m2 de área construída, divididos em 34 casas de vegetação, 34 laboratórios, auditório com salas de apoio, biblioteca, restaurante, garagem para veículos e máquinas agrícolas, galpões de apoio, cozinha experimental e prédios administrativos.
A Embrapa Soja possui ainda dois campos experimentais: a Fazenda Maravilha (Londrina), onde são feitas pesquisas na área de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e de manejo de solo; e a Fazenda Modelo, localizada em Ponta Grossa (Campos Gerais), onde são conduzidas atividades de melhoramento genético e de produção de sementes. Atualmente, a Embrapa Soja conta com 252 empregados, sendo 61 pesquisadores, a maioria com doutorado e pós-doutorado em diversas áreas do conhecimento.
Quatro eixos de pesquisa
Para colaborar com sustentabilidade produtiva da soja, atualmente, a Embrapa vem fortalecendo suas ações em quatro eixos de pesquisa: Genética Avançada, Bioinsumos, Soja Baixo Carbono e Agricultura Digital. Pesquisas vêm sendo direcionadas para aumentar a participação de insumos biológicos no controle de insetos-praga e doenças e na promoção do crescimento de plantas, bem como a substituição de fertilizantes de origem não renovável por insumos de base biológica.
Nestas primeiras décadas do século atual, a biologia molecular e a engenharia genética têm produzido mudanças no desenvolvimento de novas cultivares de soja. Os pesquisadores da Embrapa Soja vêm utilizando seleção assistida por marcadores moleculares no melhoramento vegetal para desenvolver cultivares, o que traz maior máxima eficiência, rapidez e com baixo custo. “A utilização da edição gênica permite avanços rápidos no melhoramento genético para uma grande amplitude de características, como, por exemplo, melhoramento da qualidade do óleo e da proteína, assim como resistência a doenças, cultivares de soja mais tolerantes às adversidades climáticas”, explica Nepomuceno.
Aliado a isso, diferentes tecnologias pretendem contribuir para a conservação dos recursos ambientais e a mitigação da emissão de gases causadores do efeito estufa. O Programa Soja Baixo Carbono, por exemplo, está criando diretrizes e protocolos para certificar a sustentabilidade da produção de soja brasileira, tornando tangíveis aspectos qualitativos e quantitativos das emissões e do sequestro de carbono no processo de produção do grão. Está sendo pautado na mensuração dos benefícios e na certificação das práticas de produção que comprovadamente reduzam a emissão de Gases de Efeito Estufa.
A transformação digital é outra vertente de pesquisa que vem trazendo mudanças no campo, por meio de soluções de conectividade, sensoriamento remoto, sensores, drones, entre outras. “A agricultura digital potencializa o planejamento e o monitoramento das lavouras, a racionalização no uso de insumos facilitando e aumentando a eficiência do produtor em suas decisões, permitindo o incremento da produtividade e da rentabilidade”, defende Nepomuceno.