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Solução inusitada

Cinema usa 'ninjas' para silenciar barulhentos

BBC Brasil
18 set 2012 às 12:11

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Um cinema de Londres inovou com uma solução bem-humorada para silenciar aquelas pessoas que costumam conversar ou até mesmo telefonar durante o filme. As salas do Prince Charles Cinema, no centro da capital britânica, estão empregando "Ninjas do Cinema" - funcionários fantasiados que surpreendem os barulhentos e pedem silêncio.

Eles andam silenciosamente entre as fileiras de poltronas e gentilmente pedem que os clientes mais barulhentos fiquem em silêncio. "É interessante que o projeto de Ninjas do Cinema tenha começado justamente no Prince Charles, porque eles - mais do que ninguém - sempre incentivaram as plateias a se comportarem 'mal'", diz o crítico de cinema Jason Solomons. "Mas eu acho que é uma forma muito inteligente de policiar este comportamento, porque mesmo aqui - onde as pessoas são incentivadas a se levantar, gritar, dançar e brincar junto com os filmes - existem limites".

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O cinema Prince Charles é famoso em Londres por promover sessões de musicais, como A Noviça Rebelde, em que os espectadores são convocados a cantar junto com os atores na tela a todo volume. "A etiqueta precisa existir em função do filme. A etiqueta é ditada pelo filme. Se o filme diz 'ria', então 'ria'. Mas nenhum filme jamais diz 'por favor, telefone para sua mãe no celular'. Isso nunca aconteceu em nenhum filme", afirma o crítico.


O problema, segundo Paul Vickery, diretor do cinema, é que às vezes alguns passam do limite e não deixam os outros assistirem ao filme em paz. "O projeto Ninja surgiu porque nossos frequentadores mais assíduos disseram que queria impedir o uso de telefones celulares e conversas durante as sessões", diz Vickery.

O pedido por mais silêncio veio dos próprios clientes - que dizem estar gostando da solução criativa encontrada pelas salas. "A resposta das pessoas tem sido ótima", diz Catherine Small, uma das "Ninjas do Cinema" empregadas pelo Prince Charles. "Mesmo chocadas ao receberem uma cutucada no ombro, as pessoas são muito boas. Elas nos obedecem e param de fazer o que estavam fazendo".


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