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Narrativa

Divertida adaptação de Jorge Amado estreia nas telonas

Agência Estado
24 mai 2010 às 17:12

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- Divulgação
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Inspirado no romance de Jorge Amado (1912-2001), o filme "Quincas Berro d'Água" entra em cartaz hoje. Dirigida por Sérgio Machado, a produção conta a história de um ex-funcionário público, vivido por Paulo José, que um dia deixa sua família e cai na farra. Quando é encontrado morto, a sua vida atual e seu passado de pai de família entram em conflito.

A divertida narrativa parte da morte de Joaquim Soares da Cunha, que se transformou no beberrão Quincas Berro d’Água. Para quem espera drama, o protagonista, em sua narração, avisa: "Minha vida de morto é mais animada do que a de muito vivo por aí". Quincas morre ao lado de uma garrafa de cachaça no dia em que completaria 72 anos. A notícia de sua morte chega rapidamente à casa de sua única filha, Vanda, papel da atriz Mariana Ximenes. Membros da aristocracia baiana, Vanda e seu marido (Vladimir Brichta) se desesperam com a possibilidade de que seus amigos ricos descubram as condições em que Quincas vivia.

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Do outro lado, estão quatro de seus companheiros de bebedeira. Desconsolados por Quincas não estar presente para comemorar seu aniversário, aproveitam um descuido dos familiares para roubar o corpo do caixão. Juntos, partem para uma saga com direito a botecos, bebidas, furtos, fuga da polícia, brigas e uma visita ao bordel de Manuela (Marieta Severo). "É uma ode a estar vivo, apesar dos problemas", diz Machado.

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Tendo como cenário uma Salvador que mistura beleza e decadência, o longa-metragem se passa entre os anos 50 e 60, mas não perde sua contemporaneidade. "Basicamente, nossa ideia foi fazer um filme que se passasse nas décadas de 50 e 60, mas com a cara de uma produção feita em 2010", destaca.

Aos 73 anos, Paulo interpreta o morto Quincas. Dar vida ao morto deu trabalho a Paulo. "É mais difícil interpretar um cadáver do que um vivo. Fizeram dois bonecos parecidos comigo, mas quase não foram usados. O Quincas é um morto muito vivo", diz o ator. Para Machado, o problema foi a falta de habilidade dos modelos. "Os bonecos não têm o menor talento", brinca


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