Caminhos de ascensão

JESUS VIAJOU PARA CONHECER OS HOMENS

05 abr 2013 às 19:55
O escritor Paulo Coelho disse dias atrás que "Jesus era um bon vivant, que bebia vinho e vivia viajando". Nem tanto assim. Quanto às viagens, Jesus fez várias, antes dos trinta anos, dentro e fora do território hebreu. Ele queria conhecer os homens, para saber como eram e o que pensavam, por isso conversava muito, com conhecidos e estranhos, principalmente os mercadores que viajavam pelo Mar Mediterrâneo e ao longo dos caminhos com suas caravanas de camelos.
As Escrituras nada falam da juventude de Jesus e de sua idade adulta, a não ser dos três anos finais de sua vida, quando foi batizado e intensificou (na Palestina) sua missão evangelizadora, sofreu perseguições e acabou crucificado pela pressão do Sinédrio. Este era o poderoso conselho supremo dos judeus, composto de 71 sacerdotes, anciães e escribas e que decidia sobre as questões do Estado e da religião - menos a pena de morte. A ele o preposto romano Pôncio Pilatos, que era considerado um fraco, se curvou.
Jesus tinha mente aguda e penetrante, falava com desenvoltura sobre política, sociologia, ciência, filosofia e religião, e em vários idiomas. Aos 27 anos deixou a família. Então conheceu um rico viajante indiano e seu filho, e os três andaram pelos países banhados pelo Mediterrâno ou próximos da costa, desde a Itália ao Egito. Aquele era o mundo desenvolvido de então. A viagem durou um ano e encerrou-se em Roma, onde Jesus ficou seis meses. Ali encontrou-se com o imperador Tibério e com os líderes religiosos, em particular os cultores do deus Mitra.
Em momento algum fez críticas às crenças desses líderes, apenas acrescentou suas próprias verdades, de forma a adicionar-lhes conhecimentos. Assim abriu o caminho de difusão dos seus ensinamentos em Roma, sem que houvesse de sua parte o propósito de criar uma religião. Mas de qualquer forma lançava-se aí o embrião do cristianismo, intensificado por Pedro e depois Paulo. Nos séculos que se seguiram, até os nossos dias, diferentes religiões cristãs foram criadas, cada qual com seus fundamentos, valendo-se muito do nome de Jesus e pouco praticando e difundindo seus ensinamentos.

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