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REFORMULAR LINHA DOUTRINÁRIA

11 mar 2013 às 21:40
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As crises, as catástrofes e as turbulências são eventos que, no mais dos casos, propiciam grandes reformas, e o momento crítico da Igreja Romana - não pela renúncia do papa mas pela revelação da existência de "peixes ruins na rede de Pedro" - pode redifinir a trajetória dessa instituição que reúne 1 bilhão e 300 milhões de fiéis. Pelo que se conhece dos cardeais, não se crê que saia agora, de seu meio, o grande reformador, mas não há dúvida de que alguns passos serão dados nesse sentido.
Os escândalos, sabotagens e disputas de poder são inerentes à infalibilidade humana, mas que se deponha os homens - no caso os "trituradores de pontífices" e da ordem eclesial - para que se salve a instituição. São os próximos que nos traem, nos enganam e nos roubam, porque os distantes não se molestam conosco e nem nós com eles. Importa que, com seus erros e acertos, a Igreja tem sido até aqui sustentadora da fé, e foi na difusão desse postulado que se notabilizou Bento XVI.
Mais do que reestruturar sua política administrativa e reparar as inflitrações que fazem água na barca de Pedro, será a Igreja iniciar um processo de reformulação de sua linha doutrinária. É tempo de abrir-se para a evidência de verdades transcendentais que já não é mais possível encobrir. É tempo de afastar a doutrina de um céu de ociosas delícias - porque não há ociosidade no plano de Deus - e de um inferno de castigo eterno em fogo ardente, porque somos seres evolucionários, portanto em constante transmigração. É tempo de demonstrar aos fiéis que a misericórdia divina nos permite recomeços, em revivências sucessivas, neste e em outros planetas, porque há vida semelhante à nossa em toda a vastidão do cosmo.
A doutrina da salvação é outro tabu, porque a tradição nos diz que ela significa nos safarmos do "caldeirão do inferno", mas a verdade é nos livrarmos de cair no abismo da não-existência, que é o apagar de nossa chama espiritual pela permanente incorporação do pecado. Esta é a segunda e definitiva morte mencionada no Apocalipse, no revelador livro dos melquisedeques e mesmo em recentes palavras de Jesus.
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