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Pro dia nascer feliz

11 mai 2004 às 11:00
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... veio à mente foi o título de uma música de Cazuza: Pro dia nascer feliz. Como fazer isso? Como conseguir garantir a felicidade do dia??
Como encarar o trânsito do dia-a-dia, ver as notícias dos jornais, não receber aquele telefonema que poderia solucionar tudo- seja de trabalho ou afetivo e que está lhe tirando o sono há dias- e assim mesmo tornar o dia feliz?
Que a felicidade é um estado de espírito isso lá é. Já notaram como tem pessoas que, mesmo com as maiores adversidades, sempre sorriem? O Maluf, por exemplo, claro que um exemplo mal dado porquê, apesar das acusações de que desviou cerca de 500 milhões de dólares lá para fora, ainda ri e diz que quem provar que ele e a mulher tem dinheiro fora ganha tudo. Só não respondeu se o filho tiver, né? De qualquer forma. Maluf sabe fazer seu dia nascer feliz. Não perde a pose. E daí a dúvida: será que fazer o dia nascer feliz tem a ver com ser cara-de-pau?
Começo a descobrir que a felicidade "aparente" tem a ver com a falta de vergonha na cara. Ultimamente os mais acusados são os que mais dizem que para eles está tudo bem e que não tem nada a temer.
Só Cazuza que não. Ele sabia que teria dias difíceis pela frente. Não vejo a hora de poder ir ao cinema assistir ao longa-metragem sobre a história de sua vida. Não tinha hipocrisia ele. O mundo sente sua falta cara.
E aí o que tem tudo isso a ver com Curitiba? Tudo. A cidade é um primor. No último final de semana o meu velho mau-humor com os curitibanos - que, tive logo ao chegar aqui há 12 anos-sumiu de vez. Acho que esse não volta mais. Houve um show na Pedreira Paulo Leminski. Maravilha. Bandas do Brasil e exterior e maratonas de dois dias. Tudo que tinha para poder ser ruim foi maravilhoso.
O lugar que leva o nome de um dos maiores poetas paranaenses é daqueles inesquecíveis. Na verdade não dá para traduzir em palavras o que é Pedreira é. É meio que uma sintonia como o nome que leva. Paulo Leminski não tem traduções que lhe façam justiça.
Nas noites do Curitiba Pop Festival teve poesia no ar, apesar do rock pesado de algumas bandas (e quem disse que as duas coisas não podem andar juntas?).
E tinha o Pixies. A banda norte-americana ficou oito anos sem tocar. Voltou há pouco e escolheu Curitiba para fazer seu único show na América Latina. Tinha gente tão emocionada que chorou. Um deles foi Rodrigo Sais, meu colega de redação na Folha de Londrina.
Sais disse que vertiam lágrimas de seus olhos copiosamente naquela noite. Quase se acabou. O engraçado é que ele é super blasé. Prova de que os dias nascem felizes para quem acredita em poesia e rock’n’roll assim como Cazuza e Leminski.
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