Pois foi justamente inspirados nessa história - mais do que imaginativa - que o publicitário Ericsson Wursthorn, o designer e artista plástico Raro de Oliveira e o arte-terapeuta Juan de Andrade, tiveram a idéia para montar o mais novo bar de Curitiba: o Alice Bar. O ambiente, como eles mesmos fazem questão de frisar é para "respirar e transpirar cultura". O cardápio - com aperitivos saborosos e bebidas diferentes - para deliciar. E a música, no lugar mais nobre do espaço, para encantar ouvidos dos mais exigentes. "Escolhemos o nome Alice porque nos abre muitas possibilidades para a decoração – que nunca estará definitivamente pronta – e também para as exposições que pretendemos abrigar", comenta Ericsson. "Também porque era um nome fácil de guardar e conhecido em todo o mundo". No balcão do bar, ao invés de simples luminárias, o cliente é brindado com uma coleção de chapéus iluminados. Uma alusão a um dos personagens mais curiosos do livro – o Chapeleiro Maluco. Nas paredes, estão pôsteres dos mais variados. Tudo, é claro, numa harmonia de cores e texturas que só dois publicitários e um arte-terapeuta poderiam ter criado.
"É um bar exatamente como nós mesmos gostaríamos de freqüentar", completa Raro. "Escolhemos um barracão porque queríamos algo mais original, rústico e espaçoso. Um espaço para sentir-se à vontade e encontrar os amigos".
Raro explica que a idéia era criar um bar que tivesse música ao vivo mais cedo e que não fosse tão caro. Por isso, não há uma consumação obrigatória e nem entrada. O couvert artístico é cobrado de acordo com o show. O ritmo não é exatamente o das baladas, mas ninguém fica parado. De samba a rock, de forró a salsa, de jazz ao lado B, tudo tem espaço na musicalidade do Alice.
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Sobre Alice – Foi o reverendo Charles Lutwige Dodgson, sob o pseudônimo de Lewis Carroll, o autor do livro campeão em imaginação. Vivendo na Inglaterra entre 1832 e 1898, ele publicou "Alice no País das Maravilhas" em 1865.
Mas outros gênios da chamada "arte distorcida" também serviram de inspiração para o Alice Bar. Artistas como Salvador Dali, Gaudí, Escher e Magrite. Filmes como "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain", "Peixe Grande", "Alice nas Cidades", e "Matrix".
"Buscamos músicas, livros, filmes, tudo o que pudesse nos remeter ao universo aliciano", conta Juan. "Também pesquisamos sobre os artistas que ilustraram a obra de Lewis Carroll. A música do Kid Abelha - "Alice Não Esqueça" -também chegou a ser cogitada como nome para o bar, mas o nome definitivo só foi escolhido no último momento, quando percebemos que Alice por si só, se bastava, quer algo mais amplo do que isso?".
"Queremos que cada um tenha sua própria interpretação do nome, a sua viagem pessoal", completa Ericsson. "Afinal, para nós, é o encontro das pessoas, a arte, a música e a cultura que darão sentido ao Alice Bar", finaliza.
SERVIÇO: ALICE BAR Rua Guido Straube, 06 - Água Verde esquina com República Argentina Inf.: (41) 3024-1865 [email protected]