Existem hoje cerca de 27 milhões de cães e 11 milhões de gatos no País (algumas projeções apontam para mais) que demandam 3,2 milhão de toneladas de alimentos – segundo dados do SINDIRAÇÕES (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal) e até o final deste ano calcula-se um crescimento de pelo menos 12% desse setor. Estima-se que atualmente o Brasil movimenta mais de US$ 1,5 bilhão e que no mundo esses números chegam a US$ 30 bilhões/ano. Considerado o terceiro maior mercado de pet food do mundo, o consumo no Brasil está mais concentrado nas classes A e B da sociedade, principalmente na região Sudeste (43%). Em segundo lugar está o Nordeste, que consome 28% da ração animal, seguido pelo Sul, Centro-Oeste e Norte, que são responsáveis pelo consumo de 15%, 7% e 7%, respectivamente. A revista VEJA chegou a publicar que os brasileiros desembolsam, em média, US$ 62,00 por ano com seus animais de estimação.Outro dado que vem confirmar o frenético crescimento desse mercado no Brasil é o número de pet shops existentes: são 8 mil em todo Brasil, sendo que a metade deles fica concentrada em São Paulo (Esse número é maior do que o número de Farmácias existentes em SP, ainda segundo dados da VEJA).
Cresce a população pet
Os investimentos direcionados ao segmento pet se justificam. Além dos resultados animadores de quem aposta nesse setor, outros números vêm se somar ao aspecto financeiro: a tendência de crescimento do número de cães e gatos no Brasil."No Brasil o mercado é bem promissor, uma vez que apenas 1/3 dos milhões de cães e gatos brasileiros se alimentam de ração. Estima-se que essa população irá aumentará nos próximos anos, e com isso o consumo de produtos do mercado pet", diz Ari Caldeira, sócio-diretor da Distribuidora Prevent, que representa produtos veterinários para os melhores pet shops e profissionais da área no Paraná. Quem arrisca outra explicação é o médico veterinário Fábio Viotto, coordenador de Vendas da Nutron Alimentos na região Sul. "É visível o crescimento da população de animais domésticos, especialmente entre as pessoas que moram sozinhas, conhecidas como público 'single'. Essas pessoas solteiras por opção têm necessidade de cuidar do outro e não necessariamente querem filhos. Além disso, criar animais de estimação de certa forma reaproxima o ser humano de sua essência e da natureza", completa.
Diferenciação
Um setor que tem diversificado seus produtos e feito fortes investimentos para conquistar fatias desse mercado são os fabricantes de produtos para cães e gatos. A razão é simples: apenas 37% de cães e gatos no Brasil consomem alimentos industrializados, o que nos faz concluir que existe um grande potencial a ser explorado. Afora publicidade e estratégias agressivas nos pontos-de-venda e junto aos médicos veterinários, empresas como a Nutron Alimentos têm buscado outras formas de diferenciação da concorrência. Eles apóiam eventos, incentivam criadores de animais e desenvolvem meios de se relacionar com seu público.Um exemplo do que a Nutron tem feito é em relação à criadora de beagles Mary Grace Coelho. Ela possui um canil em Almirante Tamandaré, cidade do Paraná e mantém mais de 30 beagles. "Todos consomem a ração Ossobuco, desde os filhotes até os vovós que já possuem mais de 12 anos", conta Grace, que deixou a psicologia por amor aos beagles.A Nutron também tem patrocinado o Canil Borda do Campo, a 15 km de Curitiba. Álvaro A. Binotto, administrador do local, possui cerca de 50 rottweilers. No local, os animais são adestrados e praticam agility – um esporte próprio para cães. Todos os eventos do Canil são apoiados pela Nutron.
SHOPPING CURITIBA COMEMORA SETE ANOS
Mais de 85 milhões de pessoas passaram pelo Shopping Curitiba desde a sua inauguração, em 25 de setembro de 1996. O empreendimento, que ocupa um antigo quartel do exército no bairro do Batel, movimentou o comércio da região. Basta dar uma olhada ao redor para perceber quantos estabelecimentos se instalaram nas proximidades. Com fluxo médio diário de 30 mil pessoas e quase três mil carros, o shopping gera atualmente 2.200 empregos diretos. São 134 lojas satélites, três lojas âncoras, 21 fast food, dois restaurantes, duas bomboniéres, cinco cafés e seis salas de cinemas. A maior parte do público do Shopping Curitiba é formado pelas classes A e B (78%). A faixa etária dos 15 aos 29 anos é a mais representativa (72%) e as mulheres respondem por 60% do número total de freqüentadores.O Shopping Curitiba é administrado pela Iguatemi Empresa de Shopping Centers (IESC), que também controla sete dos mais rentáveis shoppings brasileiros, entre eles os Iguatemi de São Paulo e do Rio de Janeiro.