O novo presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios ABAC, Rodolfo Montosa, eleito em março, apontou o consumidor como principal responsável por este crescimento. "Há uma preocupação com o não pagamento das elevadas taxas de juros praticadas no mercado", diz ele.

No consórcio de imóveis Ademilar, com sede em Curitiba e filial em São Paulo, março registrou um recorde histórico de vendas. A empresa atingiu a marca de R$ 9,312 milhões de créditos futuros vendidos. A média de valor das cotas é R$ 53 mil, superior ao valor médio comercializado no ano passado. "Isso indica que o consórcio imobiliário está sendo procurado por pessoas com maior poder aquisitivo, interessadas em adquirir imóveis também com valor maior", diz Tatiana Reichmann, superintendente da Ademilar. Em 1996, a média por cota era de R$ 20 mil, menos que a metade da média atual.

A procura pelo sistema de consórcios, como a alternativa mais econômica e vantajosa para aquisição de imóveis, continua em alta, segundo dados da ABAC. O total de consorciados somou 228,3 mil, em janeiro de 2005, 28,3% a mais que os 177,9 mil de janeiro de 2004. O número de novas cotas comercializadas apontou alta de 5,4%, chegando a 7,8 mil, no primeiro mês do ano, enquanto um ano antes era de 7,4 mil. As contemplações apresentaram alta de 9,1% com 2,4 mil em janeiro deste ano contra 2,2 mil, há doze meses.