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A Saúde da Saúde Pública

18 jul 2009 às 11:00
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Não é de hoje que a denominada saúde pública anda com a saúde abalada. É uma situação generalizada e apenas alguns locais no Brasil são referência nacional em saúde, mas que não consegue atender à demanda, dada a intensa procura.

Em certos períodos alguns episódios se agravam. São hipertensos que morrem em filas. São postos sem médicos; são hospitais sem leitos. Repete-se mais esse drama eterno, sem solução e sem melhoria. Ninguém esqueceu ainda a interferência do governo federal no estado do Rio de Janeiro há pouco tempo, que não trouxe melhoria nem resultado positivo algum; apenas surtiu como propaganda oficial e escancarou em rede nacional o que todo brasileiro já conhece no dia-a-dia. Carnaval no Rio, Festa no Brasil... E o ciclo continua... Hospitais lotados e todo o filme novamente.

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Sobram sugestões de todo tipo de especialista de como melhorar a saúde pública. Li um dia destes sobre a informatização, um processo primordial para agilidade da gestão em saúde no país. Perfeito! Mas tem especialistas no assunto que simplesmente sonham com um panorama que provavelmente ele viveu nos seus 15 anos fazendo mestrado e doutorado na Suécia ou em qualquer outro país no norte europeu... Looooonge da realidade no nosso bravo Brasil... Exemplo: Eu li "especialista" em saúde recomendar que: "... juntamente com a informatização da saúde pública seria necessário agregar módulos tecnológicos para que o cidadão agendasse sua consulta pela internet para não precisar se submeter às tenebrosas filas e esperas de senhas nas madrugadas e manhãs de muitos postos de atendimento..." Hã? Marcadas pela internet? O camarada muitas vezes tomou banho frio na noite anterior porque estava sem energia em casa, e o "especialista" quer que ele tenha agendado a consulta pela internet? Oras! Barbaridade!

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Desburocratizar é uma coisa, viajar é outra! Criar grupo de avaliação de qualidade para racionalizar o atendimento, além de investimento maciço de todos os governos em prevenção para corrigir uma falência cultural, penso que seria o caminho.

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Posso dizer com tranqüilidade que nestas idas e vindas caminhei pelos meandros da saúde pública em locais de referência em trauma - onde a dor muitas vezes era simplesmente desburocratizada dos corredores com um telefonema quando o acidente de carro esfacelava o rosto de um mais favorecido politicamente. Unidades de saúde no litoral – onde a iniciativa privada assumia o papel da função pública, e claro que com vantagens. Substituindo a orientação em saúde bucal que seria papel fundamental da educadora, que, diga-se de passagem, não costumava saber nem para ela. Em unidade de saúde pública, onde na minha inútil tentativa tentei orientar uma mãe de que a escova não deveria ser coletiva na casa e que o sabonete era para o corpo apenas e que precisava ser substituído pelo creme dental na escovação dos dentes das crianças que relutavam com o sabor horrível... É isso mesmo!


Em reservas e fazendas experimentais com populações rurais onde acabei conhecendo um tanto de crianças simplesmente aquém dos belos índices de melhoria apresentados pelo governo federal com relação à cárie dentária, e quase que por acaso, sempre ficava sabendo de certas coisinhas que, por lógica, vocês já devem saber do que se tratam.

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Hoje precisei pagar meu plano de saúde, para mim soa sempre como um imposto mensal para ter o direito de ter a minha disposição um atendimento de alto padrão... Ops!... Mas eu paguei meus impostos que são destinados a saúde... Hum! ...Então o mais sagaz cidadão poderia entender isso como: "Eu pago, mas o recurso foi para outro canto e agora precisei pagar novamente para outro para ter o que quero?"... Isso! Isso mesmo... Exatamente assim que funciona o Brasil, na saúde, nas estradas, etc. Minha opinião.


Isso é fruto de uma cultura política, ou melhor dizendo, de uma - política cultural - baseada no "amém", onde a população - que tem a meia culpa disso - fica ávida por vantagens... Meia culpa sim!


Qual estaria mais errado, o comprador ou o comprado? Num destes fins de tarde de debate ouvi de um conhecido: "você venderia seu voto se o risco para isso fosse nunca mais votar?" Intrigante... Eu não venderia! Penso na minha família, penso no futuro, penso que por um momento estaria jogando fora o fundamento principal da democracia – sem hipocrisia. Mas muitos vendem - então estes também são os errados! E infelizmente a população foi doutrinada ao longo dos anos para se manter na ociosidade, e ai impera em muitos a regra do "eu quero" do "eu preciso", mas ofereça a troca de um bom atendimento em saúde pública por uma semana de voluntariado, na limpeza, na organização... "Período inteiro não dá? Só meio período, ta desempregado? Corta a grama de uma creche essa semana, vamos tentar te ajudar, vamos tentar ajudar sua esposa, e você nos ajuda..." Ahhhh não posso! Essa é a resposta de muitos.

Diagnóstico: Meia Culpa Populacional Aliada a Paralisia Cultural Provocada por Vermes.


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